Crítica | Willy’s Wonderland: Parque Maldito (Willy’s Wonderland)

Nota
4

Lançado em 2021 e estrelado por Nicolas Cage, Willy’s Wonderland apresenta uma premissa que é, ao mesmo tempo, bizarra e irresistível: um homem que acaba, após seus pneus serem furados, preso em um restaurante temático abandonado e deve enfrentar animatrônicos assassinos para escapar. Esse é um daqueles filmes que, para muitos, se encaixa perfeitamente na categoria de ‘tão ruim que é bom’. O grande atrativo do filme é, sem dúvida, a performance de Cage. Ele interpreta um personagem praticamente mudo com uma seriedade quase absurda, o que torna sua presença ainda mais cativante. Cage se entrega completamente ao papel, transformando a experiência em um espetáculo de exageros e absurdos que é difícil de ignorar.

Os personagens secundários que incluem os habitantes da cidade e as vítimas do restaurante, são pouco desenvolvidos e sua narrativa não se preocupa em oferecer profundidade ou complexidade. Eles servem mais como obstáculos e alívio cômico do que como peças centrais da trama. O filme não se dá ao trabalho de explorar suas histórias ou motivações, focando em vez disso em cenas de ação e confrontos com os animatrônicos.. O resultado é um filme que pode parecer uma série de decisões questionáveis reunidas, mas que, de alguma forma, se tornam parte do charme irresistível da experiência.

No entanto, a trama é simples e repleta de clichês, e os animatrônicos, embora criativos, acabam sendo mais engraçados do que ameaçadores. As figuras mecânicas têm um toque de nostalgia que lembra os mascotes de pizzarias dos anos 80, e até mesmo algum jogo, mas com uma visão mais grotesca e exagerada. Cada animatrônico é distintamente estilizado, o que, embora pretenda adicionar uma camada de terror, muitas vezes resulta em uma aura de humor involuntário.

Visualmente, Willy’s Wonderland é uma festa de cores neon e um estilo visual que remete aos anos 80, contribuindo para o clima trash e delirante do filme. A fotografia do filme é uma mistura vibrante de tons saturados e iluminação de baixo orçamento, que reforça a estética retrô e a atmosfera de um conto de terror camp. A direção de Kevin Lewis faz um bom trabalho em criar uma atmosfera que, apesar de sua falta de sofisticação, é exatamente o que o filme precisa para ser uma diversão despretensiosa.

Willy’s Wonderland é um exemplo perfeito de como uma produção pode ser tão exageradamente ruim que acaba se tornando divertidíssima. É um filme que abraça seu próprio absurdo e oferece entretenimento despretensioso para quem está disposto a rir e se divertir com suas falhas e peculiaridades. Se você está em busca de algo que é deliciosamente terrível, este filme é uma escolha obrigatória.

 

Me chamo Lilith(RealOficial), sou do signo de Touro, escrevo a muito tempo, seja fanfic ou resenha, e amo muito todo esse universo. Assisto de tudo que me der na telha, faço cosplay e tenho um brechó. Ah, e uma paixão por Neil Gaiman, Moda, Entrevista com Vampiro e algumas coisas mais.

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