Geek Curioso | Cthulhu, a entidade cósmica lovecraftiana

Começando as postagens especiais que irá mais a fundo nas inspirações dos cosplays do CT, é chegado o momento de conhecermos quem realmente é Cthulhu, a grande entidade cósmica lovecraftiana homenageada no Geek’oween 2020.


Criado por H. P. Lovecraft em 1926, Cthulhu é um dos principais Grandes Antigos dos mitos do autor. Ele foi oficialmente apresentado no conto O Chamado de Cthulhu, publicado na revista Weird Tales em 1928, e é descrito como uma mistura de gigante, polvo e dragão, com uma cabeça cheia de tentáculos, corpo borrachudo e escamoso, asas de morcego e garras nas mãos e nos pés. Segundo seu criador, Cthulhu representa um mal tão ancestral e terrível que o simples fato de encara-lo é capaz de deixar qualquer humano a beira da insanidade.

Segundo é revelado durante os eventos de O Chamado de Cthulhu, a entidade é uma das antigas divindades cósmicas, que chegaram à Terra antes de o planeta ter vida, tendo se escondido por anos. O conto começa mostrando um ídolo de argila quase indescritível que possui um culto multimilenar, segundo se conta, esse culto está dedicado a trazê-lo de volta, o que causará o fim da humanidade. Cthulhu se esconde em R’lyeh, uma cidade submersa no Pacífico Sul, e só pode ser despertado com rituais onde é entoado o cântico “Ph’nglui mglw’nafh Cthulhu R’lyeh wgah’nagl fhtagn”. As obras seguintes de Lovecraft acabaram ampliando ainda mais a mitologia em torno da entidade, o que o faz ser citado em círculos de ficção científica e fantasia como sinônimo de horror, magia ou mal extremo.

O Chamado de Cthulhu acabou se tornando, posteriormente, um RPG de horror ficcional que se popularizou rapidamente, chegando a ganhar, em 2001, uma versão para d20 compatível com a terceira edição de Dungeons & Dragons. O jogo normalmente é ambientado nos anos 1920, época em que os contos de Lovecraft se passam, mas também é comum ver o RPG se desenrolando nos anos 1890, nos anos 1000 d.C., no Século 23, na época da Roma Antiga ou na época da conspiração moderna, podendo se passar ainda na Terra dos Sonhos ou em outros planetas do espaço sideral. Seu objetivo não é o triunfo dos jogadores, mas sentir o drama e acompanhar de perto, aflito e tenso, seu personagem sendo atingido pelos horrores do mundo e além, enquanto sua mente se quebra e sua lucidez se vai, explorando os verdadeiros horrores do mundo e da irrelevância da humanidade, enquanto luta para garantir pelo máximo de tempo a sua sanidade (representado pelo Sanity Points), já que o jogo inclui um mecanismo para determinar o quão mentalmente danificado um personagem está em determinado momento.

Cthulhu também é bem comum na cultura pop, sendo mencionado em South Park, As Terríveis Aventuras de Billy e Mandy, Sobrenatural, Os Simpsons e Rick And Morty. A entidade foi inspiração para quatro músicas da banda Metallica (“The Call of Ktulu” do álbum Ride The Lightning, “The Thing That Should Not Be” do álbum Master of Puppets, “All Nightmare Long” do álbum Death Magnetic e “Dream No More” do álbum Hardwired…to Self-Destruct), quem também se inspirou na divindade foi a banda brasileira Nardones, que o homenageou em “O Chamado”. Durante os anos, a cultura pop ainda aproveitou o ser para diversas parodias, homenagens e jogos, mas a maior homenagem que o ser acabou tendo aconteceu em 1994, quando espécie californiana de aranha foi batizada como Pimoa cthulhu.

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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