Olá, Hosters! Bem-vindos a estreia do Host Comenta, nosso novo quadro onde iremos tratar das novidades do universo geek de uma forma mais descontraída e divertida. Então, sem mais delongas, vamos lá!
Finalmente a temporada final da maior e mais aguardada série contemporânea foi lançada após 2 longos anos de muitas teorias, esperanças, raivas com o velho que não termina de escrever nunca os dois últimos livros (apesar de que existe a teoria de que ele já escreveu e só está esperando o fim da série para lançá-los) e, claro, o desespero pela possibilidade que quem vai ficar no Trono de Ferro. Só um belíssimo aviso: ESSE TEXTO CONTÉM MAIS SPOILERS DO QUE SE VOCÊ ABRIR A PÁGINA OFICIAL DE GOT. ENTÃO, SE NÃO QUISER LEVAR UMA BAFORADA DE SPOILER BEM NA FUÇA, RECOMENDO PULAR FORA AGORA. Agradecemos o acesso mesmo assim.
O primeiríssimo episódio da temporada já começa sendo uma razão para gritar mais do que tudo; afinal, meus amigos, que mudança GENIAL na abertura que tanto estávamos acostumados. As maquetes se mostrando por dentro em sua construção são lindas e dá vontade de repetir a cena várias e várias vezes. O início mostrando A Muralha destruída e os caminhos se congelando, mostrando o que será percorrido pelo Exército da Noite, é um detalhe incrível. Já começaram acertando, hein!
Quando Winterfell aparece do alto e os Imaculados chegam, a primeira coisa que se passa na cabeça é o “de onde essa galera tira tanto couro para essas roupas?” e “quem é o estilista, favor mandar entrar em contato”, pois, pelo amor, todo mundo muito bem trabalhado no pretinho básico, mas muito bem cortado. A mesma reação acontece quando Dany aparece com seu impecável casaquinho branco adornado em prata que faz pensar que algum Dothraki deve ser o Valentino das terras de Westeros. Pausa para a chegada dos dragões e todos surtando ao vê-los, incluindo Arya, Tyrion e Sansa. Temos um diálogo totalmente baseado em segundos, terceiros, quartos sentidos entre Dany e Sansa sobre o que dragões comem, gerando já a famosa inimizade feminina desnecessária. Quem falar que aquilo que se gerou foi em relação a ser rainha ou rei está ignorando a capacidade dos roteiristas beberem da fonte da aleatoriedade.
Temos um pulo até Porto Real onde vemos Euron Greyjoy chegando com seus navios e a Companhia Dourada para agradar Cersei, que aparentemente queria que o Dumbo fosse levado para ela já, que demonstrou tristeza ao não ter elefantes no seu exército. Ao menos temos uma cena que mostra uma possível estratégia de Cersei ao aceitar as investidas sexuais de Euron: ela deseja usá-lo de bode expiatório como pai de seu filho. Ainda tem a cena de resgate de Yara com direito a uma bela cabeçada no Theon safado. Para sair de porto real, temos o que não poderia faltar em GoT: sexo e Bronn. No caso, o antigo mercenário foi convocado a matar os irmãos da rainha com a besta usada pelo Anão para matar seu pai, o Tywin.
Vamos agora para a cena de Sessão da Tarde deste episódio: o mágico voo de dragão de Jon, tendo a licença poética de montar no dragão que leva o nome do seu verdadeiro pai, e Dany montando no maravilhoso Drogon, que leva o nome do seu falecido marido. Extremamente desnecessário, principalmente a cena de diálogo subsequente e olhar de julgamento de Drogon que transmitia todo tipo de sentimentos e memes da internet, tais quais “DRAGÃO DELA AQUI, SEU ****” ou a ideia de uma teoria levantada de que Drogon seria Khal Drogo reencarnado. Sério, essa galera tem que se controlar com o que usam, às vezes as teorias passam do limite…
Falaremos agora de como Bran se tornou uma porta sem expressão e servindo apenas para ficar parado do lado de fora do castelo, mandar Sam soltar a bomba de que Jon é na verdade Aegon Targaryen e dizer que está esperando um “velho amigo” que se mostra sendo ninguém mais, ninguém menos que Jaime Lannister, que assim que desmonta de seu cavalo dá de cara com o garoto que parece pronto para perguntar se ele precisa de uma mãozinha. Bem, era só isso mesmo.
Vamos falar da melhor personagem? Arya! Todas as cenas de Arya são maravilhosas, desde seu primeiro aparecimento, seu reencontro com Gendry (que tinha mais tensão romântica do que qualquer outro casal da série – tirando Oberyn e Ellaria) e Sandor Clegane e seu tão esperado encontro com Jon/Aegon/pegador de tia. No final de tudo ainda temos a amostra do que aguarda os tão famintos guerreiros de Westeros (sério, como vai alimentar essa galera toda? – não que em alguma hora alguém ligasse, mas aproveitando a pergunta de Sansa, queria muito saber disso) irão enfrentar, já que Tormund, que finalmente foi mostrado como vivo, aliviando o coração da galera em casa, Beric e Edd encontram o pequeno Lord Umber morto em uma estrutura que remete ao símbolo das Crianças da Floresta.
E assim finalizamos o primeiro episódio de Fanfic of Thrones, o seriado que deixou de lado, em sua maioria, toda a construção feita por Martin e parece caminhar para um final que simplesmente agrade aos fãs e não seja o tão esperado final caótico ou agridoce que GRRM nos prometia desde sempre. Nos resta esperar os próximos capítulos. Fiquem de olho!
Victor Freitas
Pernambucano, jogador de RPG, pesquisador nas áreas de gênero, diversidade e bioética, comentarista no X, fã incontestável de Junji Ito e Naoki Urasawa. Ah, também sou advogado e me arrisco como crítico nas horas vagas.