“Cada um lidou com o blip do seu jeito, eu continuei fazendo o que fui treinado para fazer […] machucar pessoas.”
Depois de entrarem numa situação complicada com Jacques, Kate e Clint conseguem contornar todo o problema, principalmente depois que Eleanor reconhece Clint como um dos Vingadores. Aos poucos uma nova situação embaraçosa surge, levando novas peças a serem mexidas no jogo do crime e à descoberta de que Jacques é o CEO da Sloan Limited, uma empresa de fachada que lava dinheiro para a Gangue do Agasalho, o que só conecta ainda mais os caminhos de Clint, Jacques, Maya e o ‘tio’.
Mantendo o ritmo morno da série, “Partners, Am I Right?” é mais uma peça dentro do padrão que vem desagradando boa parte dos fãs do MCU. Com roteiro de Heather Quinn e Erin Cancino e direção de Bert & Bertie, o novo episódio só confirma as características que garantiram a audiência da série ser 40% menor em relação a Loki: a baixa magnitude dos eventos da série, o padrão natalino e familiar próprio da Disney e a falta de desenvolvimento verdadeiro nas partes mais envolventes da história, seguindo com vagareza o progresso do enredo que a série parece querer entregar, como se estivéssemos vendo uma enrolação continua temperada com migalhas de expansão da mitologia. Wandavision mostrou Wanda moldando uma realidade para lidar com seu luto, Falcão e o Soldado Invernal mostrou os heróis lutando contra terroristas, questões raciais e a culpa, Loki mostrou o vilão encarando uma organização quase divina enquanto busca sua propria identidade, mas Hawkeye parece ser a luta de Clint contra baderneiros de bairro enquanto busca o verdadeiro significado de família.
“- Mais alguma coisa está faltando do complexo?
– Por quê? Ele não foi destruído faz muitos anos?
– Eu também achava, mas pensei a mesma coisa daquela sua roupa especial.”
É inegável que temos um momento marcante logo no começo do episodio, quando temos aquele apelo emocional padrão de ver Clint lembrando sua culpa pela morte de Nat, mas dessa vez o apelo se torna ainda mais poderoso, preenchido com flashbacks da história dos dois, deixando um aperto em nosso coração, culminado pela destruidora reexibição do momento em que Clint tenta segurar Nat no penhasco e ela escolhe se deixar cair (deixando lagrimas rolando no rosto dos fãs). Por outro lado, o verdadeiro ponto alto do episodio é o momento que Clint começa a ser atacado por uma Viúva Negra misteriosa, que todos os fãs já sabem que se trata de Yelena Belova e qual seu objetivo, desde o pós-credito de Viúva Negra. A participação de Florence Pugh ainda é muito curta, e insuficiente para alavancar o episódio, mas ainda assim é capaz de deixar uma curiosidade dos desdobramentos desse encontro, o que dá uma esperança numa melhoria para os próximos dois episódios, que irão finalizar a série.
Se prejudicando ao diminuir o ritmo, que já estava lento desde sua estreia, a série só ganha pontos por conta da chegada de Yelena e, posteriormente, pelos desdobramentos das teorias que começaram a surgir em volta de Laura e do misterioso Rolex. A internet começou a pipocar depois que muitos começaram a notar as pistas que podem apontar para a conclusão de que Laura é, na verdade, uma agente da S.H.I.E.L.D aposentada, principalmente depois que esse episódio começou a mostrar uma extrema preocupação de Laura e Clint na recuperação do Rolex (que pode revelar a identidade de um antigo parceiro de Clint) e mostrou a mulher mudar, sem esforço, para um alemão fluente ao telefone, o que fez muitos acreditarem que Laura pode na verdade ser a Harpia (uma teoria que se fortalece por Harpia ser esposa de Clint nas HQs e ser parte dos Novos Vingadores mas que se enfraquece pelo fato de Agents of S.H.I.E.L.D., que faz parte do MCU, já ter apresentado Harpia sendo interpretada por Adrianne Palicki). Agora só nos resta esperar o quinto episódio, que vem sendo sempre o episódios mais selvagem nas séries originais Disney+.
“Alguém contratou uma assassina Viúva Negra, isso ficou muito sério muito rápido.”
Icaro Augusto
Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.