“Nossa, esse sotaque vai e volta mesmo, não é?”
Depois da grande revelação de que Agnes é, na verdade, Agatha Harkness, é chegado o momento de voltarmos no tempo e rever tudo que foi perdido no decorrer da história, voltando muito mesmo no tempo. Começamos voltando para 1693, quando conhecemos uma parte do grande poder de Agatha, quando ela, sozinha, conseguiu matar e absorver o poder de todo o seu coven, inclusive da líder, sua mãe, para logo depois voltarmos para o presente e, junto com a Agatha, viajar junto pelas memórias de Wanda e conhecer as origens de seus poderes, as motivações por trás do Hex e como ela conseguiu criar tudo que existe na sua Westview, uma história muito mais dificil de ser digerida do que poderíamos imaginar.
Como diz seu título (“Previously On”), precisamos voltar para cenas dos ‘capítulos anteriores’, indo até a infância de Wanda, quando somos surpreendidos com a origem da compulsão de Wanda por sitcons (com direito a uma bela referencia às séries homenageadas nos episódios anteriores), nos surpreendendo ao reviver cada uma das cenas que haviam sido referenciadas pelos comerciais e, principalmente, revelando que Wanda tinha poderes muito antes de interagir com a Joia da Mente, e que nada é da forma que achávamos na história da criação do Hex. Sem comercial, sem Visão, sem Pietro (ou Fietro), sem Monica Rambeau, sem Darcy, e quase que sem Tommy e Billy, o episódio foca unicamente na viagem que Agatha força Wanda a viver, amarrando muitas pontas soltas na jornada da personagem e criando um potencial gigantesco para o episódio final da série, mesmo que ainda deixe muita coisa para ser concluída só nesse dito season finale.
O oitavo episódio de WandaVision nos coloca em uma viagem poderosa, onde temos muitas referencias, muitas explicações, muita explosão de cabeça e, principalmente, muita emoção. Vemos a Wanda se apaixonando pelo Visão, vemos a dor que preenche seu peito, e vemos o luto que a atinge depois que perde seu amado, um episódio que eleva maravilhosamente Elizabeth Olsen no quesito atuação, visto que a atriz vai fundo em seu trabalho e atinge o fundo de nossas almas com cada uma das cenas de sofrimento de Wanda, uma emoção tão poderosa que nem as piadas de Agatha consegue dispersar, e que nos leva ao maravilhoso ápice do episódio, quando vemos a cena da escritura da casa e, compartilhando da dor de Wanda, vemos a revelação de todo o poder que a subestimada heroína tem, quando ela remolda a realidade ao seu redor e cria vida de forma espontânea, sendo capaz de, aparentemente, criar até uma joia do infinito para dar vida ao seu amor. É lindo de se ver, é lindo de se sentir e, obviamente, abre muitas portas para o que podemos ver na Quarta Fase do Universo Cinematográfico Marvel.
Nos mostrando todo o poder da Magia do Caos e, finalmente, recebendo uma referencia ao seu codinome, Wanda finaliza esse episódio com bastante potencial inexplorado pronto para ser usado num poderoso episodio final. E claro que não se pode esquecer de Kathryn Hahn, que como Agatha tem a chance de finalmente ir fundo em sua personagem, mostrar todo o seu poder e, para a nossa curiosidade, deixar muito mais perguntas do que respostas sobre o seu envolvimento nos eventos do Hex, finalmente sabemos por que ela quer se aproximar de Wanda, mas só nos resta agora saber o que ela busca caso possua esse poder, ficamos ainda a mercê de entender se ela é a verdadeira vilã ou só uma oportunista em busca de algo maior, e nos pegamos ansiosos por um final explosivo que, como já é padrão da Marvel, vem carregado de muito hype e muitas perguntas a serem respondidas.
“Isso é Magia do Caos, Wanda.
O que faz de você, a Feiticeira Escarlate.”
Icaro Augusto
Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.