“Deus está morto”
A trama começa com Senhor Milagre e sua esposa, Grande Barda, retornando a Apokolips, sua terra natal, justo no momento em que ela se desintegra, o mostrando que algo de grande foi feito pelo tirano Darkseid. É justo nesse momento que a dupla vai de encontro com Senhor Incrível, que está fazendo experimentos no zumbificado Capitão Bumerangue, em busca de uma cura para o vírus Anti-Life, para perceber que não vai ser tão fácil encontrar uma solução para esse desastre, principalmente agora que, com a explosão de Apokolips, a origem da infecção está inacessível. O trio acaba indo para a KORD Industries, onde se unem com Besouro Azul, Gladiador Dourado e John Constantine na busca por encontrar um fim do Apocalipse Tecnológico que atinge à terra.
Enquanto a saga principal de DCeased está nos mostrando como os remanescentes da Liga da Justiça estão lidando com a Infecção Anti-Life, Dceased: A Good Day To Die chega para nos mostrar outro grupo de heróis lidando com o apocalipse. Com um começo extremamente confuso, o spin-off nos prende apenas pela curiosidade do desenrolar que esse grupo terá, e pela indicação de que estes é que serão responsáveis por encontrar a cura para a invasão do vírus, de uma forma tão obvia que nem nós fomos capazes de prever. Por outro lado ficamos nos perguntando o quanto a DC vai estender essa saga, que já se aproveitou tanto do seu Elseworlds, e que agora ganha um spin-off que foge da saga principal nos levando a ver que aquela minissérie de 6 capítulos pode não ser de fato única, podemos talvez ter ela como uma introdução a todo um universo DCeased que agora se expande com A Good Day to Die.
Enquanto na saga principal estamos vendo a união de Flash, Kid Flash, Superman, Mulher Maravilha, Mulher Gavião, Ciborgue, Raio Negro, entre outros, na saga paralela vemos a presença de seres muito mais poderosos, com direito a, aparente, protagonização de dois dos Novos Deuses, do nada convencional Hellblazer, e de poderosos seres como Tempus, o poderoso guardião do fluxo do tempo, Zatanna, a poderosa conjuradora, e Senhor Destino, o poderoso hospedeiro do Lorde da Ordem Nabu. A questão é justamente a confusão criada pela forma como esse inusitado grupo se reúne, fazendo com que as suas 25 páginas sejam poucas para desenvolver uma história concisa e, dessa forma, enchendo as páginas de acontecimentos que não reservam tempo para ser explicados ou contextualizados.
A edição, lançada em Setembro de 2019, é roteirizada por Tom Taylor, mesmo roteirista da saga principal, a saga paralela chega mostrando que tem muito a contar mas pouco tempo para alcançar o andamento de sua base, e é justamente por causa dessa trama apressada que todo o brilho das artes de Richard Friend, Trevor Scott e Darick Robertson acaba sendo ignorado, deixando com que tão pelas artes colorizadas por Rain Beredo não tenham tempo para serem digeridas, já que a mente dos leitores está totalmente empenhada em tentar acompanhar a velocidade do enredo da edição, se finalizando com muito mais dúvidas do que entendimento e deixando para sua próxima edição a responsabilidade de dar ao leitor as respostas necessárias para se situar em tudo que ocorreu.
Icaro Augusto
Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.
