Host Indica | Keys To The Kingdom [Locke & Key #19 a #24]

“Rendell! Você precisa! Dodge! Daaauuge!”

A relação de Kinsey Zach está evoluindo cada vez mais, apesar de a garota não saber que Zach na verdade é Dodge, uma poderosa entidade que está apenas usando a garota para ter acesso à Keyhouse e, consequentemente, tentar encontrar a localização da Chave da Porta Preta. Enquanto isso, Bode segue na caçada pelas chaves escondidas, sendo atraído até a Chave Animal, que abre a porta da casa que transforma qualquer pessoa que ali passe em um animal. Já Tyler vai mais fundo em seu isolamento, querendo fugir da realidade enlouquecedora que herdou de seus ancestrais e rejeitando completamente a animação que Kinsey parece exibir cada vez que uma pista sobre o passado de seu pai aparece. Fica claro que Tyler está sofrendo ao ver sua mãe definhar no álcool e descobrir que havia uma chave nas cinzas de seu pai.

O quarto volume de Locke & Key nos leva cada vez mais fundo na personalidade de cada um dos Irmãos Locke, que estão cada vez mais cientes da sua missão, mesmo que Tyler pareça rejeitar completamente ela. Com uma primeira edição que parece complemente fora do padrão, temos uma edição completamente ilustrada por Bill Watterson (de Calvin e Haroldo), o que quebra completamente o ritmo da obra de Joe Hill e chega perto de perder seu público, só não nos perdendo por conta da revelação de mais uma chave e seus poderes, que nos faz imediatamente ficar mais curiosos com o prosseguimento da trama (que, ainda bem, volta ao padrão do autor) e odiar ainda mais as atitudes de Dodge. Na segunda edição conhecemos Erin Voss, nome que já nos é conhecido desde Jogos Mentais, e marca a volta de mais uma pessoa do grupo de Rendell e, consequentemente, mais uma pessoa capaz de revelar a verdade sobre Dodge, ou melhor, sobre Lucas Don Caravaggio.

Na parte final do Segundo Ato de Locke & Key o cerco começa a fechar cada vez mais, nos preparando para um Terceiro, e ÚltimoAto que promete ser eletrizante. A edição #1 nos apresenta a Chave Animal, a edição #2 mostra a Chave Racial (que altera a etnia de seu portador), mas é na edição #3 que vemos que os Locke estão realmente se armando para a batalha contra Dodge, quando temos uma introdução em time lapse mostrando praticamente a descoberta de uma chave por página, nos introduzindo à Chave Espinho, a Chave Anjo, a Chave Hércules, a Chave Arlequim, a Chave Corrente, a Chave Sob a Árvore, a Chave da Caixa de Música e a Chave dos Ursinhos, uma edição que parece servir para mudar completamente a vida dos irmãos, principalmente explorando ainda mais a vida amorosa de Kinsey e Tyler, injetando um pouco mais de companheirismo e raiva nos irmãos, e os preparando para se tornarem combatentes mais imbatíveis, o que deixa-nos ainda mais ansiosos para a grande batalha dos Locke contra Dodge.

Keys To The Kingdom com toda a certeza deve ter sido o arco que mais deu trabalho a Gabriel Rodriguez e Jay Fotos. Suas edições são completamente desconexas, quase como se fossem one-shots, onde somos levados a saltos temporais o tempo todo, mudanças de traços, mudança de rumos, mudança de personalidades, e tudo isso demanda um trabalho excepcional da dupla. Os traços de Rodriguez são a melhor forma de vermos o impacto intimo que a trama vai tendo em seus personagens, a evolução da personalidade dos protagonistas e o amadurecimento dos coadjuvantes é essencial para nos prepararmos para o fortalecimento dos mocinhos, ainda mais quando temos a chegada de Brinker Martin no grupo regular, demandando que o personagem seja apresentado e evolua em poucas páginas para que, só depois, possa ter um impacto (que é essencial) no desenrolar da trama.

Já o papel de Fotos surge de forma, literalmente, brutal. A medida que a trama vai avançando, tudo se torna mais sangrento, e os contrastes do vermelho sangue com os cenários passa a evoluir de uma forma que fica discreto no inicio e vai, pouco a pouco, tendo um impacto visual maior, para nos deixar cientes do quanto a violência vai começar a aumentar no Terceiro Ato, afinal, o inimigo está literalmente ao lado deles esse tempo e ele é um demônio brutal. No quarto arco da saga, Hill quase se perde com sua aposta arriscada, fugindo do padrão que tanto amamos, mesmo que tendo o máximo de cuidado para que nenhuma das histórias contadas pudesse ser considerada como filler ou desimportante para o épico que conta, mas tomando as rédeas da situação em sua edição #6, onde deixa, pela primeira vez, um cliffhanger de arrepiar os cabelos, capaz de deixar qualquer um de seus leitores enlouquecidos pelo Ato Final.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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