Host Indica | Locke & Key: Open the Moon

“Como você acha que o outro lado da lua se parece, pai?”

Em meados de 1912, Chamberlin Locke vivia na Keyhouse com seu filho, Ian Locke, um jovem garoto acometido por uma misteriosa doença que o faz ter convulsões constantemente, uma doença que nem a Chave Reparo era capaz de consertar. Preocupado com seu filho, Chamberlin acaba se dedicando a realizar seu maior sonho: conhecer o que tem por trás da Lua, uma missão que ele executa junto com seu tio, Harland Locke: sair em uma grande viagem de balão até a lua, o lugar onde, com a recém criada Chave da Lua, os três poderiam ver os segredos nas engrenagens que ficam dentro da grande bola luminosa que ilumina o céu a noite.

Depois de passarmos trinta e sete edições sendo guiados pela dura batalha de BodeTyler e Kinsey Locke contra o maléfico Dodge, uma nova era começa, a Era de Ouro começa para Locke & Key. Com uma série de histórias independentes, essa nova fase das HQs voltam no tempo para nos fazer conhecer mais a fundo sobre o passado da Keyhouse e da família Locke, sendo a primeira delas composta pela magnifica Open the Moon. A história começa dura, nos levando a 1912 para conhecer Chamberlin e sua família, nos dando até um rápido relance sobre Fiona Locke, a esposa de Chamberlin, e os outros filhos do casal: John, Mary e Jean Locke, essa última sendo a avó de RendellDuncan Locke, o que conecta discretamente a árvore genealógica do universo.

Lançado em 23 de novembro de 2011, a edição se transformar depois de sua sétima página, quando o trio entra na lua e, numa metamorfose mística, vemos suas paginas ganhar um colorido diferente, com tons mais sublimes que dão à trama uma pegada mais onírica, como se tivéssemos começando a ver um sonho de Ian e não uma viagem para dentro da Lua. Fica claro o primor do trabalho de Jay Fotos, tornando emocionante cada cena de Ian conhecendo o mundo, ou o reencontro de Chamberlin com seu pai, Clint Locke, que acontece de uma forma abrupta mas, com as cores de Jay e as artes surrealistas de Gabriel Rodriguez, ganha um destaque necessário, se tornando um ponto marcante da trama, que nos toca de uma forma certeira no peito. Tudo isso nos leva numa viagem tocante pela trama de Joe Hill, que nos apresenta os Bastidores de uma forma tão forte que é quase impossível não acabar as 16 páginas de sua história sem estar com os olhos marejados.

Além de uma trama rápida e marcante, a edição ainda traz o Guia das Chaves Conhecidas, que vai nos apresentando uma a uma as chaves que já foram apresentadas até agora nas histórias, começando com os enxertos do diário de Benjamin Pierce Locke, feitos entre 1757 e 1799, e passando pelas anotações de Harland, em 1851, e de Chamberlin, em 1914, e nos apresentando às anotações de Hans Riffel e Jean Thompson Locke, que foram feitas em 1942, e às hilárias anotações de Bode Locke, que nos apresentam chaves que não foram citadas na série. Para finalizar a edição em grande estilo, temos várias ilustrações cruas de Rodriguez, que dão um belo ar de nostalgia da trama anterior.

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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