“Como eu disse… É a hora da batalha final… Entre nós e eles!”

Após ver o desastroso ataque ao laboratório do Professor Carvalho e receber um ultimato de Sabrina, Red e Blue decidem partir para a cidade de Saffron, onde pretendem enfrentar e derrotar de uma vez por todas a Equipe Rocket, mas, devido aos acontecimentos recentes, a breve confiança entre eles está abalada.

Blue culpa o rival pelo ataque ao seu avô, condenando o mesmo pela mancha que infecta a cidade de Pallet. Trabalhando separados, os garotos conseguem apenas ter uma visão parcial de como invadir a cidade e seu bloqueio mas, com a ajuda de Green, a dupla consegue transpor as barreiras e encarar o verdadeiro desafio. Dentro do QG da Corporação Silph, o trio precisa colocar seus egos de lado e enfrentar em conjunto a Tríade de Comando da Equipe Rocket, formados por St. Surge, Koga e Sabrina, junto com a mais nova arma secreta da maldosa organização: O Trio de Pássaros Lendários.

Seria Red, Blue e Green capazes de derrotar treinadores de elite com um poder lendário? Como personalidades tão fortes poderiam colocar sua diferença de lado para lutar em conjunto? Enquanto enfrentam o maior desafio de suas vidas, uma força sinistra parece se erguer, orquestrado cada passo que dão e construindo um enredo ainda mais sombrio para o futuro do trio.

Chegando ao capitulo final do seu primeiro arco, Pokémon Adventures nos entrega uma fechamento épico (e bizarro) para as aventuras de Red, Green e Blue. Escrito por Hidenori Kusaka e ilustrado por Mato, a jornada ganha proporções épicas enquanto se encaminha para sua finalização. Todas as pontas levantadas durante os dois volumes vão sendo costuradas, trazendo um enredo interessante e cuidadosamente trabalhado.

A urgência latente parece tomar uma crescente ao longo da narrativa, quando todos os erros e acertos dos personagens são postos a mesa para uma análise critica do leitor. Isso cria atritos entre os protagonistas e aproxima ainda mais nossos sentimentos, quando somos obrigados a observar as angustiadas verdades sendo expostas. Personagens ganham um novo espaço, tendo oportunidade para expor seus dilemas e mostrar sua visão, trazendo dinâmicas interessantes que impulsionam ainda mais a história.

Red sempre foi o mais emocional do trio. Mesmo não usando sua logica constante, o treinador sempre apostou nos verdadeiros laços que criou com seus pokémon. Impulsivo e agitado, o protagonista não pensa no depois e isso começa a pagar seu preço. Blue sempre foi frio e orgulhoso, mas devido aos acontecimentos recentes ele precisa aprender a esperar o inesperado.

Sendo extremos opostos, a dupla conquista uma crescente, mesclando os aprendizados que tiveram durante sua jornada e acrescentando novos traços as suas personalidades. É empolgante ver como um aprendeu com o outro e como eles cresceram juntos, se complementando e trazendo uma das batalhas mais emocionantes do arco (O que não é pouca coisa).

Mas é Green que merece o destaque aqui. A garota que começou sua jornada como uma ladra oportunista tem um importância magnífica na parte final. Sua presença forte e sua desenvoltura constrói um traço marcante de alguém que sabe se defender sozinha. Esperta, sagaz e extremamente ácida, Green vai conquistando seu espaço e nos dando um dos momentos mais emocionante da saga, quando toda sua armadura cai por terra. A crescente é tanta que nos apegamos à garota, apenas para sermos destruído quando enfim entendemos suas motivações.

Se nos jogos a Equipe Rocket parece apenas malvada, aqui ela ganha um ar cruel. As experiências orquestradas pela organização não conhecem o limite da crueldade e bizarrice, ganhando um novo patamar quando sua maior arma é enfim revelada. Sabrina, Surge e Koga são assustadores por si só. Os treinadores do tipo Psíquico, Elétrico e Veneno já são perigosos na franquia, mas quando adicionamos os mesmos ao lado sombrio da força tudo se torna ainda pior.

Os antigos Líderes de Ginásio ganham aqui o espaço para explicarem o por que tomaram a decisão de se aliar à Equipe Rocket, trazendo novas visões sobre seus destinos e camadas aquilo que achávamos conhecer. Mas, o grande vilão se mostra uma das melhores coisas do mangá, trazendo um ar sinistro desde seu primeiro momento e mostrando que tudo estava minimamente planejado em seu jogo de xadrez. Giovanni consegue nos deixar irritados e abismados, trazendo toda a soberba de alguém que tem cada passo precisamente calculado para conseguir seus objetivos. Cruel e poderoso, seu embate filosófico com Red é, com toda certeza, um dos momentos ápice do mangá, trazendo uma das batalhas mais empolgantes e cruéis que presenciamos ate aqui.

E por falar em batalhas, somos surpreendidos a cada novo traço. Quando achamos que vimos todo, os criadores nos surpreende de uma maneira positiva e empolgante. Mato traz uma vivacidade que parece saltar das páginas, demostrando toda a potência de seus traços que são magistrais e avassaladores.

Um momento precisa ser lembrado antes do fim: o delicado monólogo de Green sobre o sentido de Pallet, trazendo toda a pureza e calma que a nostálgica cidade inicial pode proporcionar. Confesso que nunca tinha analisado a cidade por essa vista, mas suas palavras me atingiram como um soco que me tirou dos eixos.

Épico em todos os sentidos, Pokémon Adventure finaliza bem sua primeira história. Trazendo mensagens interessantes que emocionam e envolvem cada um de seus leitores. Como uma paleta esperando por um bom enredo, a trama foi pintando suas cores e construindo algo magnífico, que trouxe um novo tom a todos aqueles que amam a franquia. Resta agora aguardar o que esta por vir e, claro, capturar todos.

“Você lutou bem, Red. Viajou por toda essa terra, e sobreviveu a desafios que ninguém achou que você conseguiria. Mas você nunca percebeu… que todos os lugares que você visitou ou onde lutou… já estavam sobre o meu controle!”

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

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