Nota
Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e… Espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir. Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle?
Como vimos, Anna é uma mulher fragilizada por uma fobia grave que a impede de fazer diversas coisas, sem falar de seu “vicio” em bebidas alcoólicas, Merlot principalmente. Essas são características importantes que pesam bastante no decorrer da historia, criando situações delicadas e até mesmo agoniantes.
Em decorrência de um acidente, ela acaba confinada em casa e um de seus maiores hobbies para passar o tempo é observar a vida de seus vizinhos, utilizando de sua câmera e da internet, ela é capaz de descobrir a vida de qualquer um, ou assim pensava.
Numa de suas observações, ela presencia um assassinato, porem ninguém acredita nela e a vitima aparentemente não existe. Com isso a sanidade de Anna é posta a prova, quem acreditaria em uma pessoa que mistura diversos medicamentos tarja preta com garrafas e mais garrafas de vinho?
Essa brincadeira de A. J. Finn rende reviravoltas surpreendentes, junto com a escrita em primeira pessoa que faz o leitor se envolver cada vez mais com a personagem e sua angustia que faz com que o leitor fique cada vez mais preso a essa leitura.
Finn consegue nos fazer sentir as mesmas coisas que Anna de um jeito fenomenal, sem falar do paralelo que fez com filmes clássicos de suspense/mistério que bate de um modo magico, aposto que muitos depois de ler terão uma lista de filmes para ver numa noite chuvosa quem sabe…
A abordagem dele é muito interessante, mostrando diversos distúrbios mentais como a depressão, ataques de panico e até a própria Agorafobia, que deixou a historia mais intensa, mostrando a angustia dela quanto ao lado de fora, sua luta para conseguir superar seus medos e em vários momentos bastante intensos que se faz algo vital para ela.
A capa não é nada complexo ou exagerado mas é perfeita para o livro, com o titulo parcialmente coberto por persianas que tem o detalhe em alto relevo, ainda contando com o elemento de estar entreaberto como se alguém estivesse espiando por ali.
| Ficha Técnica |
Livro Único Nome: A Mulher na Janela Autor: A. J. Finn Editora: Arqueiro |
Skoob |
Lilith
Me chamo Lilith(RealOficial), sou do signo de Touro, escrevo a muito tempo, seja fanfic ou resenha, e amo muito todo esse universo. Assisto de tudo que me der na telha, faço cosplay e tenho um brechó. Ah, e uma paixão por Neil Gaiman, Moda, Entrevista com Vampiro e algumas coisas mais.
