Resenha | Cidade das Cinzas

Nota
4

Depois que Clary Fairchild descobriu ser uma Caçadora de Sombras, muita coisa aconteceu no Instituto do Brooklyn, e uma delas foi a descoberta de que Jace Wayland é, na verdade, Jace Morgenstern, o irmão perdido de Clary. O que fazer agora que Jace é irmão da garota por quem ele se apaixonou? O que fazer agora que ele descobriu que é filho de Valentine? Como acordar Jocelyn, a mãe da dupla?

Submundo está atribulado desde que ‘crianças’ submundanas começaram a desaparecer, o que faz ressurgir a mítica guerra entre vampiros e lobisomens. Jace está cada dia mais impossível, agindo de forma ainda mais rebelde desde que descobriu ser irmão de Clary, e fazendo de tudo para enfurecer a todos. Tudo piora ainda mais quando o segundo instrumento mortal, a Espada Mortal, desaparece, o que faz a Clave enviar a Inquisidora Imogen Herondale para investigar o que aconteceu, quem roubou e, principalmente, qual o envolvimento de Jace nesse crime. As atitudes do bad boy e o preconceito da Inquisidora são os protagonistas nesse embate, uma dupla que parece ter ódio a primeira vista, uma raiva vindo da veterana que só posteriormente ganha uma motivação, ao mesmo tempo é preciso entender até onde Jace é inocente, será que ele realmente está traindo sua família e se aliando a seu pai?

Depois do envolvente Cidade dos Ossos, é essencial devorar sua sequência, na busca por entender o que vai acontecer aos irmãos, saber o caminho que eles vão trilhar em relação ao pai e a mãe da dupla, saber como vai acabar esse romance tão envolvente e, agora, incestuoso. Vemos Clary começando a se envolver com seu amigo mundano, Simon Lewis, que carrega um segredo capaz de mudar os rumos da trama, e percebemos o quanto temos tanto a aprender sobre a gigantesca mitologia que Os Instrumentos Mortais tem a oferecer. Cheio de reviravoltas, Cidade das Cinzas começa a nos apresentar a morte mais a fundo, quando vemos Agramon invade a Cidade dos Ossos, habitada pelos Irmãos do Silêncio, é banhada pela morte e se torna a Cidade das Cinzas, com o cheiro dos corpos de seus habitantes em decomposição inundando o ar.

É gratificante entender mais sobre o passado de Jace, conhecer os traumas resultantes de ser criado por Valentine ao mesmo tempo que assistimos seu sofrimento por amor, vemos uma face de Jace muito mais envolvente do que o que conhecemos sobre o garoto no primeiro livro, por outro lado, é Clary quem decepciona dessa vez, não tendo uma evolução muito satisfatória e protagonizando, junto com Simon, um namoro tedioso, que nos faz desejar chegar logo ao fim, que nos faz querer ver sua dinâmica com Jace, que ainda deixa uma clara tensão no ar, que nos faz desejar um incesto de uma forma que nunca imaginamos ser possível (tudo culpa da Cassandra). Conhecer mais sobre os vampiros e sobre o Ciclo é essencial para o andamento da trama, e Cassandra Clare deixa isso claro a cada página, onde vemos o caos atingir a Clave e o Mundo das Sombras com a volta confirmada de Valentine e os planos, ainda desconhecidos, do vilão cada dia mais perto de serem concluídos. Com uma escrita bem fluida, Cassandra consegue tornar o típico livro do meio (que é quase sempre aquele que serve unicamente para emendar o inicio e o fim de uma trilogia, sem ser muito envolvente mas sendo sempre necessário) em algo gostoso de ser lido, apesar de não se destacar quando comparado ao seu antecessor.

 

Ficha Técnica
 

Livro 2 – Os Instrumentos Mortais

Nome: Cidade das Cinzas

Autor: Cassandra Clare

Editora: Galera Record

Skoob

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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