Nota
“Por sua própria natureza, a história sempre é um relato tendencioso.”
Um assassinato acontece dentro do Museu do Louvre, em Paris, e acaba iniciando um efeito dominó que revela uma sinistra conspiração e a pode levar à revelação de um segredo milenar, que foi protegido por uma sociedade secreta desde os tempos de Jesus Cristo. Tudo começa quando Jacques Saunière, um dos líderes do Priorado de Sião, aparece morto no museu onde é curador, deixando apenas uma mensagem cifrada para ser solucionada por Sophie Neveu, uma criptógrafa e neta de Saunière. Para ajudar na moça, o famoso simbologista de Harvard, Robert Langdon, acaba se envolvendo nesse inicio de uma caçada ao tesouro cheio de pistas, códigos e perigos.
A trama se desenrola ao unir a dupla como suspeitos e detetives do mesmo assassinato, se jogando numa corrida através das ruas de Paris e de Londres para proteger (ou revelar) o segredo guardado durante século pela sociedade secreta que já teve como membros nomes como Leonardo da Vinci, Victor Hugo e Isaac Newton. O livro traz perguntas que vão desde a natureza do sorriso da Mona Lisa ao significado do Santo Graal, enquanto retiram pistas ocultas nas obras de Da Vinci e informações sobre obras de arte, documentos e rituais secretos. Complexo por sua própria existência, a trama vai se ramificando por caminhos tortuosos e perigosos que colocam em cheque as bases de diversas religiões da atualidade ao mesmo tempo que saca, genialmente, diversos fatos históricos para fortalecer suas teses. Apesar de a trama inteira ser voltada na investigação do assassinato de Saunière, suas engrenagens são completamente feitas das subtramas controversas por traz da crença da Dinastia Merovíngia, o que por si só foi capaz de conceber toda a polêmica que circunda a obra e, por consequência, lançar todos os holofotes em cima da obra e tornar sua leitura tão desejada.
“A vida é cheia de segredos. Não se pode aprender todos de uma vez só.”
É impossível negar que O Código Da Vinci é o livro que deu a Dan Brown a fama de ser um dos autores mais brilhantes da atualidade, com sua escrita direta e inquestionável, o autor prendeu milhares de leitores da primeira à última página, fazendo todos duvidarem das suas crenças mesmo sem afirmar que essa atitude precisava ser tomada. O autor tem uma potencia em sua trama que nos leva a curtir a fantasia ao mesmo tempo que nos deliciamos com a história, que aprendemos sobre o passado e desejamos conhecer e entender cada vez mais sobre as diversas teorias que circundam a sociedade. Seu enredo é eletrizante, misturando a adrenalina da investigação com a profundidade de suas afirmações, trazendo uma estrutura narrativa única, que rapidamente faz Robert Langdon se tornar uma ícone marcante dentro da literatura, e justifica o sucesso que o livro teve, afinal, uma polêmica pode fazer muitos quererem ler o livro, mas é a proficiência do autor que fará os leitores irem até a página final.
Com sua história, o autor consegue dar uma ‘nova interpretação’ dos fatos, o que acaba sendo um prato cheio para os entusiastas de teorias da conspiração, e acabou sendo um dos motivos para a banalização dos relatos do livro, mas o livro nada mais faz do que usar os fatos para moldar sua mitologia, assim como se faz nas obras de ficção cientifica. O livro parece brincar com as subliminaridades da história, e isso é exposto até em sua capa, onde o olhar de Mona Lisa surge escondido num retalho, como se estivesse maliciosamente te chamando para ler o livro. No final das contas, O Código da Vinci nada mais é do que um intricado quebra-cabeças que brinca com a existência ou não de um segredo milenar que envolve a Igreja Católica.
“A única coisa que realmente importa é o que você acredita”
| Ficha Técnica |
Livro 2 – Robert Langdon Nome: O Código Da Vinci Autor: Dan Brown Editora: Sextante |
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Icaro Augusto
Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.
