Resenha | O Homem Bicentenário

Nota
5

O Homem Bicentenário, conto de Isaac Asimov, foi publicado em 1976 e é uma obra que transcende a ficção científica ao explorar temas profundamente humanos, como identidade, liberdade e o desejo de pertencimento. A narrativa acompanha Andrew Martin, um robô̂ que, ao longo de dois séculos, busca se tornar cada vez mais humano — não apenas na aparência, mas na essência. Ao longo da trama, ele luta pelo reconhecimento de seus direitos e, mais do que isso, pela aceitação de sua humanidade.

O conto questiona se a humanidade está́ na biologia ou nas ações e sentimentos. Andrew supera muitos seres humanos em sensibilidade, ética e empatia, mas ainda assim precisa enfrentar preconceitos e obstáculos legais. Essa busca culmina em um gesto de renúncia tocante, que sintetiza seu desejo de ser reconhecido como humano — e nos faz refletir sobre o valor da finitude e da mortalidade.

A genialidade de Asimov está em transformar uma história de robôs em uma reflexão filosófica sobre o que define a humanidade. Andrew, inicialmente uma máquina doméstica programada para servir, desenvolve criatividade, emoções e consciência de si mesmo. Asimov escreve com clareza e precisão, equilibrando a narrativa tecnológica com questões filosóficas. A evolução de Andrew é contada de forma envolvente, e sua jornada nos convida a repensar nossos próprios conceitos de humanidade e aceitação.

O Homem Bicentenário é, sem dúvida, uma obra-prima, não apenas pela originalidade da premissa, mas pela profundidade emocional e ética que carrega. É uma leitura essencial para quem aprecia histórias que desafiam a mente e tocam o coração.

 

Ficha Técnica
 

Livro Único

Nome: O Homem Bicentenário

Autor: Isaac Asimov

Editora: Aleph

Skoob

Professor, escritor, tradutor, blogueiro, entusiasta em tecnologia, nerd e pseudo intelectual.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *