Resenha | O Lar da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares

Nota

Jacob Portman é um garoto aparentemente comum, que vive na Flórida junto com seus pais. Quando não está trabalhando na rede de supermercados da sua rica família, o jovem passa a maior parte do tempo com seu avô Abe Portman, que sempre lhe enche a cabeça com histórias sobre um orfanato no qual viveu durante parte da segunda-guerra mundial, antes de se alistar no exército.

Apesar de, por um longo tempo, ter acreditado nas histórias e nas fotos fantasiosas que seu avô mostrava, Jacob já era um adolescente prestes a terminar o ensino médio, assim, a história do peculiar orfanato com crianças capazes de soltar fogo pela mão, levantar uma pedra apenas com a força de um braço ou até mesmo voar já não o impressionava mais. Ele sabia que tudo aquilo não passava de um delírio de seu avô, que, provavelmente, inventou esse orfanato incrível para fugir da cruel realidade vivida na guerra.

Porém, por ironia do destino, seu avô morre em seus braços em um misterioso ataque e Jacob precisará ir até a ilha do tal orfanato, para não apenas se livrar de seu trauma, mas para entender melhor a história de seu falecido ente querido.

Nesse universo tão bem construído, temáticas importantes como o bullying e a opressão são debatidos e botados em pautas. Exaltando as diferenças e as peculiaridades de cada individuo. Além disso, as crianças e adolescentes são colocadas como heroínas não só pelo fato de salvar o mundo, mas por passarem por cima de suas próprias limitações e guerras internas. Mas, como nem tudo são flores, o livro possui algumas pontas soltas que deixam o ar de dúvida quanto à certos aspectos.

Ficha Técnica