Resenha | Pollyanna

Nota
4.5

“Minha sobrinha, a senhorita Pollyanna Whittier, vem morar aqui. Tem onze anos e ficará nesse quartinho.”

Pollyanna acaba de ficar órfã depois que seu pai, um pastor do oeste, faleceu. Pollyanna é filha da falecida Jennie, a irmã mais velha de Polly Harrington, e teve seu nome criado como uma homenagem a Polly e Anna, as duas irmãs de Jennie. Depois da morte de seus pais e seus irmãos, Polly virou uma mulher solitária e dura, mas agora ela recebeu uma cara comunicando que a jovem está a caminho, para morar com ela, o que deixou a mulher ainda mais nervosa, obrigada a acolher uma sobrinha que ela nunca conheceu.

Escrito pela romancista estadunidense Eleanor H. Porter em meados do século 10, Pollyanna rapidamente marcou sua época e foi condecorado com o status de clássico da literatura infantojuvenil, começando com a história triste de uma menina de onze anos que acabou perdendo tudo e precisava morar com uma tia rica e severa que nunca conheceu, mas que se desenvolve como uma sublime obra literária que toca nossa alma com a doçura e a positividade que a jovem órfã tem, mudando completamente a vida de todos ao seu redor e dando luz aos cantos mais escuros da mente dos moradores da cidade, enchendo de amor, esperança e alegria os corações mais duros, transformando completamente a personalidade de todos, até da incurável Tia Polly.

“Papai foi para o céu para encontrar-se com mamãe e meus irmãozinhos. Antes de ir, ele me disse para ficar sempre contente, mas não é facil.”

Pollyanna é uma protagonista exemplar, apesar de ter perdido pai e mãe, a garotinha de 11 anos consegue enxergar a beleza da vida acima das dores, o que torna sua persona tão brilhante e cativante, e o que faz com que algumas passagens do livro sejam tão dolorosas para seus leitores. Tia Polly é uma mulher amarga, deteriorada pela vida, que já foi uma jovem alegre e apaixonada mas acabou provando o amargor que o mundo oferece e foi transformada, agora ela é uma megera, mas será que existe algo que não possa ser mudado com uma pequena dose de otimismo? O livro ainda se completa com outros grandes personagens, como a Senhora Snow, uma velha senhora doente que vive trancada em seu quarto escuro, distante de sua carinhosa filha, Millie, mas que acaba tendo sua vida virada de cabeça para baixo quando conhece Pollyanna, ou John Pendlenton, o homem mais rico da cidade, que vive sozinho numa mansão na Colina Pendlenton, é um solteirão convicto e não gosta de ninguém, até o dia em que Pollyanna cruzou o seu caminho.

Pollyanna é uma história rica em transformações, mostrando uma garota que tinha tudo para viver numa depressão terrível mas encontra alegria nas pequenas coisas e contagia todos ao seu redor com essa positividade, uma história intimista que nos faz amar desde Nancy, a empregada de Polly, até mesmo a insuportável Polly, que nos faz entender o quanto a vida pode endurecer as pessoas e o quanto a atitude correta pode mudar tudo. O livro é reconhecido mundialmente ainda pelo seu uso na programação neurolinguística, por meio do seu famoso Jogo do Contente, um treinamento de ressignificação de conteúdo que é muito usado em tratamentos psicológicos e incentiva as pessoas a enfatizar o lado positivo e agradável dos fatos, o que pode mudar a interpretação dos acontecimentos cotidianos. Com um astral exemplar, Pollyanna prova que para tudo na vida há um lado bom e que, quando o assunto é ter uma atitude positiva, ninguém sai perdendo e alguns podem até se transformar.

“O jogo consiste em encontrar alegria em tudo que nos acontece.”

 

Ficha Técnica
 

Livro Único

Nome: Pollyanna

Autor: Eleanor H. Porter

Editora: Scipione

Skoob

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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