Resenha | Tempestade de Guerra

Nota

Tempestade de Guerra é o volume final da saga A Rainha Vermelha, da autora Victoria Aveyard.Basicamente, o livro foi construído em cima do poder feminino. Essa é uma guerra de rainhas; vermelhas, prateadas, sanguenovas. Um conflito baseado em tipos opostos de forças e de escolhas.

O desenvolvimento desse livro é simplesmente incrível, o enredo e seu desfecho me deixaram completamente vislumbrada. O desenvolvimento dessa guerra foi uma de minhas partes preferidas; desde os silenciosos, através dos olhares, pensamentos e posturas, até a maneira com que os personagens reagiam às situações, como tomavam decisões, como moviam as peças no tabuleiro da guerra. Não existe um único personagem completamente certo, um único motivo totalmente nobre, uma única maneira correta de desenvolver o curso desse conflito.

O que existe é a ordem e a justiça da Guarda Escarlate e o lado dos prateados, ainda guiados pela ideia de supremacia e do controle. Foi maravilhoso ver o poder nas mãos dos vermelhos; poder de decidir, de recuar, de erguer as suas vozes e mostrar aos opressores que podiam derrubá-los tão rápido quanto haviam ajudado todos eles a se levantar. E Mare diante de todo o conflito continua sendo guiada pelo seu coração.

E no meio de toda essa situação, finalmente encontramos um desfecho para esse amor em forma de história, ou quase isso. A história não termina, a guerra chega ao fim, mas não a luta. E nada mais que digno deixar em seu fim um possível novo começo. A guerra transformou o mundo da Rainha Vermelha, deu espaço para esperança e para incerteza e, por isso, é um final tão bem encaixado em tudo que essa saga prometeu. Essa guerra nasceu de uma rebelião, e rebeliões são construídas em cima de mudanças. Mudanças demoram a acontecer, levam tempo a se estabelecer, a ganhar forças. A paz pode pousar ou novas rebeliões surgirem, isso só nossa criatividade ou a da Victoria podem decidir. Um recomeço para todos, inclusive para nós leitores.

Analisando aspectos da escrita deste livro, o jogo político e as traições, posso dizer que são fortes aspectos da trama que se arrastaram por toda a saga de uma forma brilhante, onde não se tornou monótona em nenhum momento, e sim sempre surpreendente. A Victoria não deixou a desejar na escrita, foi de fácil entendimento e de muitas amarrações e encaixes que nos prendiam à trama, em cada página era um suspiro e, em seguida, vinha a dúvida: “e agora?”. Ou seja, é um livro de muitos pontos fortes e positivos, sem citar seu cunho feminista. Sem dúvidas, minha saga preferida. Leiam, vale muito a pena!

Ficha Técnica