Review | A Ordem [Season 1]

Nota
2.5

Jack Morton é um calouro de Belgrave, mas ele traz um gigantesco segredo na sua mala: Jack veio a Belgrave para tentar entrar na Ordem Hérmetica da Rosa Azul, uma organização secreta que se esconde no subterrâneo da universidade, e com o único objetivo de usar isso a seu favor para derrotar Edward Coventry, seu pai, o motivo de sua mãe ter se suicidado. Mas A Ordem acaba mudando um pouco a vida de Jack, pois é lá que ele conhece a magia, que encontra Alyssa Drake e se apaixona e também é lá que ele acaba conhecendo os Cavaleiros de São Cristóvão.

A série de fantasia foi anunciada pela Netflix em 17 de abril de 2018 quando ganhou uma primeira temporada de dez episódios, e foi assim que Dennis Heaton e Shelley Eriksen tiveram a chance de construir uma ótima premissa, um mundo onde vemos a guerra de magos e lobisomens. Mesmo sabendo que essa premissa de guerra contra lobisomens não é inédita, a série consegue dar uma nova roupagem que foca muito mais numa série teen que se passa na universidade. Se você assiste Teen Wolf ou The Magicians, se prepare, pois, sim, é extremamente fácil enxergar essa série como uma versão Netflix dessas duas produções. É possível até notar mais semelhanças com The Magicians quando vemos Adam DiMarco na série, ou seja, o Todd, de The Magicians virou o Randall Carpio de The Order.

Mas prestem atenção que eu falei que a premissa é ótima porque a série acaba por se perder demais, perdendo a qualidade e a empolgação, principalmente por conta da atuação dos protagonistas. Enquanto Jake Manley não traz o carisma que precisamos para um protagonista tão cheio de camadas, Sarah Grey entrega um péssimo interesse amoroso, e passamos a série inteira sem enxergar suas motivações e sem entender suas intenções, fora a total falta de química com Jake e o fato de seu sorriso transparecer uma irrealidade incrível. Mas se tratando de Sarah, devo citar que no final da série ela se entrega totalmente ao papel, mostrando que sua vocação é para vilões, já que ela repetiu a ótima atuação que ela teve em Power Rangers (2017), quando é tão “vadia” que causa o choque de personalidade em Kimberly que inicia a sua transformação no filme.

Por outro lado, os destaques na atuação ficam para o próprio DiMarco e Devery Jacobs. Enquanto DiMarco é um cavaleiro atrapalhado que parece ser um caçula da família, Devery vive Lilith, a única mulher entre os cavaleiros que absorve toda a dureza de sua função, mas consegue em certos momentos expressar sua feminilidade e toda a sua rebeldia, e ambos evoluem perfeitamente na série. Mas ao fundo temos Louriza Tronco que desperta ódio à primeira vista com sua ótima Gabrielle Dupres e toda a sua futilidade, sendo uma puxa-saco de primeira e lembrando uma jovem Dolores Umbridge. Já Dylan Playfair chama a atenção como Clay, tão bobo e inocente que chega a ser engraçado e fofo. O grande antagonista da série, o Max Martini, consegue ser ofuscado o tempo todo pelas pequenas vilanias de Vera Stone, interpretada por Katharine Isabelle, que parece ser perfeita para o papel de vilã principal e entrega totalmente o despudor que precisava existir em Edward.

Além do problema com as atuações, encontramos também as falhas no roteiro, onde tudo é tão previsível que perde o clímax nos fazendo ver a série para saber onde aquilo acaba do que por curiosidade de saber o que vai acontecer. No final, temos uma pequena ponta para uma próxima temporada, mas que acaba por ser tão sutil que não nos dá curiosidade de ver adiante. Se a Netflix chegasse nesse momento e anunciasse o cancelamento da série, eu sairia satisfeito e sabendo que vi um final revoltante, mas digno, que não pede continuações, mas que, se tiver, precisa de muito esforço para valer a pena.

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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