Review | American Horror Story [S2: Asylum]

Nota
5

Ambientada em 1964, em Massachusetts, nos EUA, a segunda temporada da série se desenrola na instituição de reabilitação para pacientes com problemas psicóticos, e que tem possibilidade de chegar à insanidade, fazendo o jus ao titulo do tema Asylum (Asilo ou manicômio). Construída com o apoio estadual, e da igreja católica, a instituição era, inicialmente, um lugar voltado para o tratamento de criminosos com distúrbios de insanidade mas, com o passar do tempo, se tornou um sanatório habitado por freiras e médicos formados em transtornos mentais. Com o destrinchar da trama acabam explorando outros aspectos de segmentos como: a devoção religiosa, o teste de fé, a liberdade tratando e o livre-arbítrio, a exploração comportamental ao ápice da insanidade, a homofobia como uma doença, e até visitas de extraterrestres em meio ao caos da convivência em Briarcliff.

Fundado pelo Monsenhor Timothy Howard (Joseph Fiennes), responsável pela ala psiquiátrica, a equipe medica é composta por Dr. Arthur Arden (Zachary Quinto) e Dr. Oliver Thredson (James Cromwell), com apoio administrativo da Irmã Jude (Jessica Lange), que comanda toda a organização com o apoio da Irmã Mary (Lily Rabe), o sanatório possui, entre seus principais pacientes, a conhecida jornalista Lana Winters (Sarah Paulson), sendo tratada por ser lésbica, o protagonista Kit Walker (Evans Peters), acusado de ser o grande serial killer da trama, Grace Bertrand (Lizzie Brocheré), internada ao ser acusada de assassinar seu pai e sua madrasta.

Uma das partes com maior destaque do ano é o dilema do Anjo da Morte, interpretada pela Frances Conroy, um ser composto pela habilidade sobrenatural de livrar o ser humano do sofrimento, após cumprir a missão na terra, beijando sua vitima com o suspiro da morte e assim o levando ao fim da vida.

Um show cheio de surrealismo, American Horror Story explora da forma mais sombria e obscura possível a trama dessa temporada, deixando essa confusão atemporal e mesclando a forma que o terror foi trabalhado, levando a um patamar que não estávamos acostumados a presenciar, principalmente quando envolve as forças sobrenaturais e a religião. Entregando um lugar bem gélido e com pouca luz, pessoas trabalhando muitas vezes de forma desumana, rastros de sangue derramados pelo chão, Asylum traz uma trama literalmente dominada pelo medo psicológico, que corrompeu o ponto de sanidade que restava em algumas pessoas que, por muitas vezes, são internadas de formas injustas.

Nota-se que os produtores da série tiveram aquela total liberdade de explorar o máximo que precisassem e quisessem do terror, podendo utilizar pequenas referências contidas em alguns filmes, assim estendendo mais ainda o seu enredo e superando a primeira temporada. Ao entregar o choque psicótico que é o enredo da segunda temporada, deixando cenas marcantes que acabaram criando um certo destaque a essa trama sangrenta, trazendo assim uma renovação para uma nova jornada.

 

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