Review | American Horror Story [S3: Coven]

Nota
4

Em seu terceiro ano, American Horror Story traz um enredo ambientado ao redor de uma Academia para bruxas localizada em Nova Orleans, Luisiana, nos Estados Unidos. Acontecendo nos dias atuais, entre 2013 e 2014, vemos um clã de bruxas com a missão de ajudar suas pupilas a descobrir e controlar seus poderes, e proteger umas as outras para a resistência da espécie, que reduziu com o passar do tempo, mesmo 300 anos depois dos julgamentos de Salem, enquanto lutam para evitar a extinção das bruxas.

Guiadas pela atual  Suprema, que tem a função de supervisionar a liderar todo o clã, é chega a hora de se descobrir quem será a próxima abençoada a se tornar a Suprema de sua geração, um processo que leva ao envelhecimento e perca de forças da atual líder, causando sua morte, a medida que sua, predestinada, sucessora vai despertando seus poderes e os aperfeiçoando cada vez mais. A academia vem sendo dirigida por Cordelia Foxx (Sarah Paulson) que, aos conselhos da Myrtle Snow (Frances Conroy), treina quatro jovens bruxas: Zoe Benson (Taissa Farmiga), Madison Montgomery (Emma Roberts), Queenie (Gabourey Sidibe) e Nan (Jamie Brewer). Mas devido ao momento de passagem, Fiona Goode (Jessica Lange), a atual Suprema, retorna à academia e acaba libertando LaLaurie (Kathy Bates), para tentar desvendar o segredo que a tornou imortal, antes que a passagem seja finalizada. A busca de Fiona, no entanto, acaba rompendo a trégua que existe entre as bruxas e as praticantes de vodu, que, liderados por Marie Laveau (Angela Bassett), possuem um laço com o supremo das artes negras, Papa Legba (Lance Reddick).

Escalando alguns rostos bem familiares, das duas temporadas anteriores, a produção da série soube explorar a mitologia por trás das bruxas, explicando com detalhes os motivos que levaram a algumas das situações, explorando fatos que surgiram desde a época da escravidão. Mostrando, harmoniosamente, uma fotografia cheia de um efeito obscuro, melancólico, o show entrega um enredo equilibrado em comparação ao peso da temporada anterior.  Temos uma temporada que entrega personagens super carismáticos, tornando um pouco difícil escolher um favorito. O show consegue ainda explorar, de forma estupenda, todo o arco envolvendo as setes maravilhas, os setes poderes que são dominados, em conjunto, apenas pela Suprema e que podem ser revelados através de testes bem específicos, explorando a fundo a Telecinese, Pirotecnia, Vitalum Vitalis, Divination, Concilium, Transmutation e Descensum.

Quando foi revelado que a temática da série seria “Bruxas”, muitos criaram expectativas em uma temporada rodeando magia, poderes místicos e acontecimentos sobrenaturais durante a famosa Caça às Bruxas de Salem. A temporada, porém, trouxe a bruxaria nos dias atuais e, mesmo mantendo os laços de parentescos com as bruxas originarias, contraria todas as expectativas e ganha a chance de criar seu próprio caminho, destrinchando uma mitologia forte e uma trama autentica.

 

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