Nota
Uma mala surge na Times Square, um alerta de bomba é disparado, mas, para a surpresa de todos a mala contém uma pessoa
, a intrigante mulher sem nome que passamos a conhecer como Jane Doe.
Ordenada pela NBC em 1º de maio de 2015, o show estreou em 21 de setembro do mesmo ano, sendo um sucesso absoluto. Protagonizado pela maravilhosa Jaimie Alexander (que deu um show divino como Sif no UCM) e o carismático, porém durão, Sullivan Stapleton (Kurt Weller), que tem uma química e objetividade sem igual, a produção lembra um pouco a série de 2002 da Fox, John Doe, e ainda traz uma dinâmica que lembra muito The Blacklist.
A temporada não só nos prende com toda a sua ação como nos deixa tão perdido quanto Jane, querendo saber quem apagou sua memória, qual o objetivo das tatuagens, de onde ela veio e, principalmente, por que o nome de Kurt está escrito nas costas de Jane. Ela se inicia com ação pesada, um típico piloto eletrizante de uma série que perde a mão depois de alguns episódios, mas logo depois ela bate na nossa cara mostrando que subestimamos sua capacidade.
A série consegue lidar com o clichê, Jane possui inúmeras tatuagens, cada tatuagem corresponde a um crime não descoberto, cada imagem remete a uma conspiração governamental, e a série consegue jogar com isso. Como fazer para que cada episódio tenha ação se cada crime cometido aconteceu a certo tempo? Como fazer o padrão ‘tatuagem da semana’ ficar interessante?
A série transforma os crimes em pólvora e o FBI em faíscas, vemos que sempre que uma tatuagem aponta para um crime e o FBI se aproxima, uma reação em cadeia se inicia, os criminosos se desesperam e aceleram os planos ou tentam esconder as provas, e isso desencadeia toda a ação necessário, sem parecer oportunista.
A química de Jamie e Sullivan é outro ponto forte da série, capaz de nos fazer implorar por cenas deles juntos, eles conseguem ter uma tensão sexual palpável nas cenas dos bastidores e uma cumplicidade inexplicável quando estão em ação. E claro que o elenco não fica completa sem o resto da equipe, Patterson se torna rapidamente uma personagem cheia de evoluções, uma montanha russa bem administrada pela atuação magistral de Ashley Johnson.
Temos ainda a dúbia Natasha Zapata, a agente do FBI mais manipulável da equipe, que acaba tendo sua desconfiança sendo usada para agir contra sua equipe, um papel difícil dado a Audrey Esparza, que ela tirou de letra. A equipe ainda se completa com a fria Bethany Mayfair, de Marianne Jean-Baptiste, e o sofrido Edgar Reade, de Rob Brown.
Depois de muita ação e mistério, eis que Blindspot acaba seu ano de estreia com um episódio intenso, cheio de ganchos capazes de prender a sua audiência a contar os dias para a segunda temporada do show.
https://www.youtube.com/watch?v=zqptbRyIwBw
Icaro Augusto
Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.