Nota
“The Power of Three will set us free!”
Depois da morte de Andy, Prue está totalmente abalada, vemos cada vez mais os efeitos que a magia tem sobre as irmãs. De um lado, temos Prue sofrendo o peso da responsabilidade e da culpa pela morte de Andy; de outro, temos Piper sofrendo com a distância de Leo, agora ciente de que ele é um White Lighter e que não pode viver ao seu lado.
A temporada chega para nos mostrar um mundo totalmente novo, onde as irmãs já se acostumaram com a magia, a ponto de Phoebe já ser capaz de criar feitiços. Piper passa por uma extrema mudança, já que saiu do Quake e resolveu assumir uma boate, a P3 (inspirado no Power of 3). Prue passa por uma turbulência no trabalho, já que um novo chefe chegou e, junto com ele, o ameaçador Jack Sheridan, o malandro que é dono de um site de leilões online, começa a se meter em seus negócios e a balançar seu coração. Como se tudo não bastasse, eis que surge Dan, um novo vizinho que logo se apaixona por Piper e faz com que ela fique tentada a escolher entre o sempre disponível vizinho, que não pode saber seu segredo, ou o sempre ausente Leo, que sabe seu segredo, entende e é capaz de ajuda-la nas suas missões magicas.
Com a saída de T.W. King, o elenco acaba tendo mais espaço para Dorian Gregory, Brian Krause e Greg Vaughan. Dorian vive Darryl Morris, que desde a primeira temporada está presente como o parceiro de Andy e, após a morte do regular, se torna a ligação entre as Encantadas e a Polícia, além de acabar aceitando de forma muito mais fácil o dom delas, tornando-se, inclusive, um forte aliado. Já Brian, que interpreta Leo desde a primeira temporada, entra para o elenco regular agora que teve seu segredo revelado e luta para viver o amor com Piper. Por fim, temos a chegada de Greg, que chega para interpretar o pretendente perfeito, o homem dos sonhos de Piper e que, em certos momentos, chega a superar sua expectativa.
Depois de 22 episódios de aprendizado, a segunda temporada da série chega com uma expectativa gigantesca. Temos os poderes das garotas sendo desenvolvidos, os poderes de Prue evoluindo, visitas ao futuro e ao passado, muita trama legal e muitos plots, mas o maior problema é a ausência de uma sentido para existência. A temporada parece não ter uma subtrama que construa um mega-plot e no momento em que chegamos mais perto disso é em Apocalypse Not (2×21), onde temos uma trama quente e digna de Season Finale, mas o episódio que acaba a temporada acaba sendo o morno Be Careful What You Witch For (2×22).
Já as protagonistas mostram que evoluíram bastante, assim como suas personagens. Shannen Doherty passa por uma fase menos travada, tendo uma evolução muito mais pessoal com sua personagem e chegando a dar um ar mais liberal e descolado a Prue. Já Alyssa Milano chega com uma Phoebe mais responsável, buscando um rumo na sua vida e entrando em uma faculdade, o que a faz ter um ar menos moleca, apesar de não deixar de ser a trelosa que fez todos se apaixonarem na primeira temporada. A Holly Marie Combs acaba sendo a menos visualizada na temporada, mas, com tantas mudanças que a personagem dela passa, é impossível não notar a evolução da atriz, muito mais centrada e objetiva, muito mais direta e presente nos seus tempos de tela. O que faz toda a sua trama de decidir sua paixão ser muito mais realista e sofrida para os fãs.
A temporada se finaliza com uma cena sem sal e sem muitos ganchos, mas tem sua terceira temporada garantida, mesmo sem deixar nenhuma pista do que pode vir e nem muita expectativa pela espera. A trama deixa algumas pontas soltas, mas nada que peça uma explicação, ainda assim deixa fatos que podem ser explicados e tratados numa sequência.
Icaro Augusto
Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.
Resposta de 1
Amando as análises. Estou acompanhando a série só agora. Espero que postem sobre as últimas 4 temporadas <3