Review | Future Man [Season 2]

Nota
4

“Meu nome é Athena, voltamos no tempo para encontra-lo.”

Depois de muitas tentativas, Josh FutturmanTigerWolf finalmente conseguiram matar Elias Kronish e destruir a Torre Kronish, que futuramente viraria o Kronitorium, impedindo o cientista de criar a SuperCura. Agora é o momento de a dupla do futuro voltar para a Los Angeles de 2162, conhecida como Lost Angeles, e descobrir os efeitos das ações de 20 de dezembro de 2017, que incluem o fim da existência dos Biônicos e a criação de uma nova SuperCura, dessa vez pelas mãos do Doutor Stu Camillo, que levou à criação uma nova raça de humanos modificados, os BioTechs. Ao mesmo tempo, temos o Athena, uma misteriosa cientista do Pontas em Círculos, um grupo rebelde suspeito que foi até o passado e sequestrou o terrorista Josh Futturman, o trazendo diretamente para os eventos de 2162.

Depois do sucesso que alcançou com sua primeira temporadaFuture Man aprendeu com seus erros e começou a tomar diretrizes mais sérias sobre seu andamento. Trazendo uma temporada que começa sendo muito mais bem construída que sua anterior, e muito menos escrachada, o show segue com suas piadas de humor ácido (muito mais pontuais) e sua profusão de referencias ao mundo nerd, mas tudo com um cuidado maior no seu roteiro, que agora apresenta uma linearidade mais compromissada e nos apresenta um futuro cheio de potencial, completamente novo, sob um ponto de vista de três novos habitantes: os três heróis do passado que precisam lidar com uma nova vida no futuro. Com a chegada do Pontas em Círculos e os feitos de Stu, cabe agora ao grupo ter que entender o que realmente é esse novo futuro, quem é a pessoa por trás do nome Achilles, aprender a lidar com a vida de Torque e com Ty-Anne (as versões alternativas de Wolf e Tiger, respectivamente, nessa nova realidade), e entender a verdade por trás da Nova Sobre Terra e do Moons.

A nova temporada do show de Kyle Hunter, Ariel Shaffir, Seth Rogen, Evan Goldberg  e Howard Overman vai mais a fundo nos dilemas das viagens do tempo, explorando completamente uma nova realidade enquanto nos faz rever até algumas verdades alternativas para os eventos da realidade do passado, como a divertidíssima conversa de Tiger com Estelle Kronish sobre Elias, dando aos personagens uma chance de passar por uma evolução ainda melhor e maior. A nova leva de episódios do show do Hulu nos leva a refletir com muito mais referencias, brincando com os eventos marcantes da nossa cultura ao mesmo tempo que reconstrói toda a sua mitologia com as irritantes conversas de Ty-Anne, o dilema familiar de Wolf, a luta interna de Tiger e o messianismo que é mostrado ao redor de Josh. O humor ácido da temporada anterior volta muito mais certeiro, menos incomodo e cheio de desdobramentos, o que mostra a seriedade que atinge o show, que parece entender o peso de uma renovação e estar realmente comprometido em seguir em frente, deixando de lado seus aspectos mais cruéis e evoluindo para um show que não se respeita, brinca com tudo e mesmo assim não deixa de construir um enredo bem amarrado.

Com seus treze episódios, de cerca de 25 minutos, a nova temporada de Future Man se torna mais inteligente, com piadas mais intelectuais vivendo lado a lado com todas as piadas acidas e pornográficas que fizeram o sucesso do primeiro ano do show, mas erra ao deixar claro que não tem muito o que contar, ele alonga toda a trama por mais episódios do que era necessário simplesmente para atingir sua meta, mas acaba incluindo, em meio a toda a construção de enredo, muitas cenas sem importância e um retardo em muitos pontos importantes para o desenrolar do roteiro, como se tudo fosse apenas uma forma de garantir mais tempo de tela para Haley Joel Osment que, no papel de Stu, assume um papel crucial no antagonismo incerto do show. Entrando num circulo vicioso perto de sua metade, o show só volta realmente ao seu espirito original em “Ultra-Max” (2×13), a season finale que nos presenteia com o cativante Seth Rogen no papel de Susan, nos conduzindo por um novo plot que parece prometer um novo rumo para o show em uma terceira temporada.

“Josh, você vai para o sistema Dagobah. Lá você vai aprender com Yoda, o Mestre Jedi que me instruiu…”

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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