Review | Jogo da Lava [Season 1]

Nota
4

“Não caiam, por que o chão é… Lava!”

Três equipes tem a missão de atravessar um cenário, inundado por mais de 300 mil litros de lava, e alcançar a saída sem cair nesse perigoso líquido. Num desafio que demanda força, estrategia e trabalho de equipe, cada membro da equipe que chega ao final, resulta em um ponto, sendo o time vencedor aquele em que mais membros conseguirem atravessar, além desse critério, é preciso velocidade, afinal, caso haja empate nas pontuações, o vencedor é a equipe que tiver completado a prova mais rápido. O vencedor levará para casa 1o mil dólares (cerca de 52 mil reais) e receberá, das mãos de Rutledge Wood, o Vulcão da Vitória.

Baseado na famosa brincadeira Floor is Lava ( no Brasil conhecida como “O Chão é Lava!”), o gameshow inunda seus diversos cenários com um líquido laranja que se passa por lava, com todo um mecanismo que o faz ficar em movimento, borbulhando e, as vezes, esguicha, podendo molhar os participantes ou as plataformas de passagem, o que os deixa um pouco mais escorregadios e dificulta ainda mais a travessia. Além da perseverança e estratégia para entender como atravessar, eles ainda correm contra o tempo para outro fator: no final da travessia, a linha de chegada é acessível através de dois degraus, que começam a afundar vagarosamente a partir do momento que o primeiro jogador entra no cenário, ou seja, quanto mais tempo o grupo demora a chegar na saída, mais dificil é acessa-la.

Dirigido por Brian Smith e apresentado por Rutledge Wood, o show estreou na Netflix no dia 19 de Junho de 2020, trazendo dez episódios de cerca de 30 minutos onde, a cada episódio, três novos times precisam explorar um dos cinco cenários. Com o decorrer dos episódios vemos os jogadores desbravarem o Porão, se aventurarem no Quarto, viajarem pelo Planetário, sobreviverem à Cozinha e explorarem a Sala, tudo isso enquanto precisam sobreviver a um jogo que parece uma mistura de Olimpíadas do Faustão com as provas do Líder do BBB, com uma pitada bem generosa de clímax, que é viciante aos espectadores. Além do intenso bom humor de Wood, outro grande ponto do jogo são os elementos secretos, com peças presentes no cenário que na verdade são mecanismos que podem tornar a travessia um pouco mais fácil, caso seja percebido e usado, e que nos faz grudar na tela para descobrir qual será esse elemento e o que ele faz quando ativado.

Dividindo opiniões, o programa rapidamente viralizou nas redes sociais, resultando em diversos tweets elogiando o conceito do reality, expressando o quanto adoraram o programa, pedindo segunda temporada ou por uma edição Brasileira, algo que rapidamente foi refletido no fato de o programa estrear em quarto lugar no Top10 brasileiro da Netflix, e seguir no ranking por vários dias. Mas, além de se tornar uma sensação viral completa, o programa ainda teve um grande impacto para a família de Tim Sullivan. Sullivan era um dos produtores executivos do game, tendo trabalhado ainda na produção de Top Chef e Project Runnaway, mas acabou falecendo em 18 de maio de 2019 após uma longa batalha contra o câncer, o que fez os executivos dedicarem o programa a Tim e, involuntariamente, motivar os fãs do programa a fazer inúmeras doações à campanha de financiamento coletivo, no Go Fund Me, criada pela família do produtor, que inicialmente servia para custear seu combate à doença e agora está sendo usado para auxiliar a família de Sullivan.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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