Review | No Game No Life [Season 1]

Nota
4

“Se essa história for familiar pra você, pode parecer que seja apenas uma lenda urbana. Mas eu garanto que é uma boa.”

Sora Shiro são irmãos isolados, que vivem dentro de casa o dia inteiro jogando e formando o Kuhaku, um grupo de quatro jogadores (cada irmão joga com dois por batalha) sem nome que é invencível dentro do jogo. Mas tudo muda quando a dupla recebe um desafio de Tet, um ser de outra dimensão que os abduz para Disboard, um mundo onde os jogos são essenciais para a sobrevivência. Em Disboard, todas as questões deve ser resolvidas usando jogos, desde discordâncias entre as pessoas até questões de discórdia politica, tendo dez regras, dadas pelo Deus Tet, que proíbem roubar, matar e trapacear nos jogos.

Os irmãos acabam tendo que aprender a lidar com as possibilidades de Disboard, um mundo de jogos habitado por 16 raças de seres, e desafiar diversos jogadores para cumprir seu propósitos. Logo eles conhecem Stephanie Dola, a neta do antigo rei de Elkia, que agora está tentando vencer Chlammy Zell num desafio pelo trono do reino habitado pela Imanidade (raça dos humanos). Quando Steph pede a ajuda dos irmãos para salvar o reino de seu avô, Sora acaba se sentindo atraído pela garota e aceita o desafio de se tornar o rei de Elkia ao lado de sua irmã, o que o leva a se envolver com uma perigosa guerra contra as outras 15 raças do Exceed.

A série brinca o tempo todo com a inocência e infantilidade por trás dos personagens de Yū Kamiya, dando toques de infância a todo o conceito do universo de Disboard ao mesmo tempo que brinca com a clássica fixação sexual que os protagonistas possuem, brincando sempre com as fantasias que Sora projeta em Steph, e dando aquele tom brasileiro da zueira que não podia faltar numa obra de Kamiya (nome artístico do brasileiro Thiago Lucas Furukawa). A relação de Sora e Shiro é tão intima que vemos claramente a forma como eles se tornam um, causando uma certa estranheza incestuosa em sua proximidade ao mesmo tempo que mostra um elo extremamente forte, a ponto de mostrar em certos pontos que um completa o outro, unindo a estrategia de Sora e a inteligencia de Shiro para criar Kuhaku, o jogador invencível, poderoso ao ponto de vencer até às trapaças de qualquer jogador, inocente ao ponto de tocar qualquer ser e o transformar em aliado, inteligente ao ponto de subjugar qualquer oponente e calculista ao ponto de saber como ter o arsenal perfeito de informações para vencer qualquer desafio e jogo.

Durante seus doze episódios do anime, vamos presenciando uma adaptação dos cinco primeiros Light Novel da franquia, que possui dez volumes de Light Novel, além de um Gaiden, que vai nos mostrando a busca dos irmãos pelo conhecimento para derrotar os Flügels, uma raça angelical fanática por livros, e os Werebeasts, uma raça de kemonomimis (humanos com orelhas, cauda e garras de animais), e conseguir o apoio de Djibril e Fiel Nirvalen. Aos poucos vamos encontrando personagens com certos dilemas, como o preceito de obrigação de Hatsuse Izuna, a falta de fé de Chlammy Zell ou a grande força e altruísmo que surge em Miko. O anime nos conquista graciosamente, nos fazendo ver a pureza no coração de cada personagem, além de ver escuridão dentro do Deus desse mundo, nos provando que as aparências podem enganar, que enxergar os feitos não nos faz ver as motivações, mas entender as motivações são a chave para derrotar um Deus.

“Agora o jogo começa!”

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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