Kai, Adam e Mira venceram o grande desafio do The Hollow, eles finalmente saíram do jogo e lembraram de tudo, mas alguma coisa de errado parece ter acontecido. O trio acorda em suas casas um dia após vencerem o jogo, eles reencontram suas famílias e devem voltar às suas rotinas, mas eles parecem ter voltado para o jogo. Tudo fica ainda mais misterioso quando eles percebem que seus poderes ainda existem e, aparentemente, seus medos estão se materializando pela cidade, o que faz eles se unirem novamente para investigar se há dedo da Hollow Games nesse fenômeno.
Nessa nova fase, assim como na primeira temporada, a ausência de informações é o principal guia. Os jogadores deveriam ter voltado a suas vidas reais, mas alguma coisa os fez ficar presos dentro do The Hollow, será que isso tem haver com os glitchs que apareceram no desafio? Será que eles foram colocados numa segunda fase secreta da qual não lembram? Será que isso tem haver com o olho verde que Vanessa? Agora Kai, Adam e Mira se unem a Vanessa, Skeet e Reeve para tentar encontrar o Weird, o único ser capaz de explicar o que está acontecendo e salva-los desse novo tipo de prisão, que os faz rever seus passados, revelar segredos, corrigir erros e se arriscar ainda mais, afinal agora a morte no jogo não significa perder a disputa, significa realmente morrer.
Depois de uma primeira temporada extremamente pontual, a série roteirizada por Vito Viscomi parecia não ter uma possibilidade de continuidade, vimos os seis jogadores saírem do jogo e voltarem para o mundo real, algumas dúvidas ficaram no ar, mas não tinha como a série continuar uma história tão bem amarrada e finaliza. Essa foi a conclusão mais enganosa que qualquer pessoa poderia ter tido, por que Viscomi não só foi capaz de criar uma segunda temporada, como essa segunda temporada elevou muito o nível da produção. Novamente sem divulgações, a série canadense ganhou uma nova dezena episódios de 25 minutos que nos dá um baque inesperado e aumentam a complexidade dos personagens de uma forma esplendida. Começamos a entender as subtramas da vida de Kai, Adam, Mira, Vanessa, Skeet e Reeve, somos surpreendidos com detalhes sobre o passado de cada um e conexões ainda mais fortes entre os rivais, além de entender como eles se uniram em times e o que realmente significava o brilho verde que vimos no olho de Vanessa, tudo isso enquanto somos imersos em tramas embebidas de questões existenciais que passam pela tela de forma sutil e não enfraquecem em nada o plot divertido envolto do espirito RPG.
A trama vai, vagarosamente, ganhando novas pinceladas, quebrando toda a fantasia ao mesmo tempo que nos joga num surrealismo, ela nos impulsiona ao expor o dilema de Gustaf, ao revelar a controvérsia por trás da Hollow Games, e até ao nos apresentar novos personagens tão carismáticos quanto os antigos, mesmo nos brindando com releituras de Morte e de Akuma, e nos arremessando numa épica batalha quando conhecemos Nisha, Tyler e Iris, os novos competidores que podem colocar a vida dos protagonistas num risco ainda maior, o risco da inexistência… Como fazer parar impedir os jogadores de chegar ao final antes de acharem um jeito de se libertarem do jogo? Como sobreviver num universo completamente cheio de magia, fantasia e perigos? Como sobreviver dentro de um jogo onde uma bazuca extremamente poderosa está nas mãos das pessoas que você precisa impedir de vencer para não ser apagado? O que realmente aconteceu depois que Kai, Mira e Adam ganharam o The Hollow?
Icaro Augusto
Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.