Review | Os Cavaleiros do Zodíaco [S1: Saga do Santuário]

Nota
4.5

“A lenda nos diz que os Cavaleiros sempre aparecem quando as forças do mal tentam apoderar-se do mundo…”

Saori Kido iniciou o Torneio Galático, uma pequena competição entre os 10 Cavaleiros de Bronze para premiar o mais forte deles com a Armadura de Sagitário, uma das doze armaduras mais poderosa entre os 88 cavaleiros existentes. Entre os competidores estão Jabu, de UnicórnioGeki, de UrsoBan, de Leão MenorNachi, de LoboIchi, de HidraSeya, de PégasoHyoga, de CisneShiryu, de Dragão, e Shun, de Andrômeda, mas o torneio toma outro rumo quando o perigoso Cavaleiro de Fênix chega ao torneio, revelando o poder do ódio que consumiu Ikki, o irmão mais velho de Shun, e o destino maléfico de quem é treinado na Ilha da Rainha da Morte.

Originalmente batizado de Saint Seiya, Os Cavaleiros do Zodíaco é um anime lançado pela Toei Animation em 11 de Outubro de 1986, o show é uma adaptação da série japonesa de mangá, de Masami Kurumada, lançada pela Weekly Shonen Jump no mesmo ano. Com uma primeira temporada de 73 episódios, o anime narra o grupo dos cinco cavaleiros de Bronze, que são nomeados os Cavaleiros de Atena, lutando para proteger sua deusa, que reencarnou na terra na forma de Saori, o anime é inteiramente baseado nas diversas classes de Cavaleiros (originalmente chamados de Saints) que lutam vestindo Armaduras ( ou Cloths ) que tiram poderes das diversas constelações que protegem cada um desses guerreiros. Logo na primeira temporada, temos uma intensa divisão em arcos, no total seis arcos, sendo eles: Torneio GaláticoOs Cavaleiros NegrosForças Ocultas no SantuárioOs Cavaleiros de PrataOs Cavaleiros de Ouro e A Batalha das Doze Casas.

A trama se desenvolve acompanhando os cinco Cavaleiros de Bronze, que se tornam os Cavaleiros de Atena, lutando para proteger Saori, que se revela ser a reencarnação da deusa da guerra, contra as diversas classes de cavaleiros que surgem para tentar matar o grupo a mando de Ares, o homem que assume o posto de Mestre do Santuário e que parece ter uma grande vilania escondida por trás de sua máscara. Com a divisão em arcos, vamos aos poucos aprendendo tudo sobre o grupo, inicialmente sendo reunidos durante o arco dO Torneio Galático, onde vemos toda a história até eles se tornarem Cavaleiros de Atena, e seguindo nas lutas contra Ikki e seus capangas, no arco dOs Cavaleiros Negros, na luta contra os primeiros capangas do Santuário nos episódios (criados exclusivamente para o anime, a fim de dar tempo até os mangás do próximo arco serem lançados) do arco das Forças Ocultas no Santuário, seguindo lutando contra a classe intermediaria de cavaleiros no arco dOs Cavaleiros de Prata, ascendendo até conhecer a realidade sobre a classe mais superior dos Cavaleiros, no arco dOs Cavaleiros de Ouro, e, por fim, combatendo-os para finalmente purificar o Santuário, no arco dA Batalha das Doze Casas.

Sendo uma primeira temporada bem mais longa do que os 20 a 30 episódios que estamos acostumados, a Saga do Santuário de Cavaleiros do Zodíaco nos envolve com a sua brutalidade, ao exibir lutas cheias de sangue e de armaduras se despedaçando, ao mesmo tempo que nos cativa com as motivações por trás dos cavaleiros, os sentimentos que os impulsionam nas lutas e que os torna tão especiais. O anime consegue se justificar mesmo nos pontos mais conflitantes, como o fato de os cavaleiros de bronze serem capazes de derrotar classes mais fortes que a deles, mas também se contradiz em pontos como a luta de Shun e Shiryu contra Cassius, onde a dupla acaba apanhando contra um cavaleiro sem armadura e sem constelação pouco depois de terem subjugados um cavaleiro de ouro (cada um).

Cheio de cenas marcantes, é impossível não sair dos 73 episódios esquecendo de cenas como a primeira luta de Seiya contra Shiryu, onde o cavaleiro de Dragão quase morre, ou a sofrida luta de Shiryu contra Argol de Perseu, onde tivemos um acontecimento inesperado como processo para chegar à vitoria, a emblemática cena da luta de Hyoga contra Camus de Aquário, que resultou na polemica cena da Casa de Libra, e a luta de Seiya contra Aioria de Leão que nos levou a loucura quando a Armadura de Sagitário surge para ajudar Seiya. É emocionante ainda ver cenas como o momento que Shiryu se sacrifica por Atena, usando o Último Dragão para ajudar seus amigos a finalizar a batalha das Doze Casas, ou toda a batalha contra o Mestre Ares.

No fim, Saint Seiya marcou uma geração e soube usar cada uma daqueles episódios para nos conquistar e nos fidelizar, pouco a pouco nos levando a desejar ser um daqueles cavaleiros e mudando a infância de muito gente. Hoje, anos após sua estreia, o anime mostra o quanto envelheceu bem, visto que, mesmo com as tecnologias da época, e suas limitações na animação, a trama ainda funciona, sendo possivel criar um remake completo usando só uma remasterização visual e mantendo a mesma trama e a mesma dublagem.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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