Review | Pokémon [S2 – Adventures in the Orange Islands]

Nota
3.5

“Eu quero ir onde ninguém foi e muito mais além. Ter o poder em minhas mãos… e lutar só pelo bem.”

Após ser derrotado na Liga Pokémon, Ash Ketchum retorna a cidade de Pallet junto com seus amigos Misty e Brock, onde são recebidos com uma festa em comemoração às conquistas e desenvolvimentos que o treinador conseguiu ao longo do caminho. Tendo sua jornada por Kanto concluída, Ash fica ansioso ao receber um pedido especial do Professor Carvalho, que o direciona ao Arquipélago Laranja para buscar uma misteriosa pokébola com uma de suas amigas da região.

Ao chegar a seu tropical destino, Brock se apaixona pela atraente Professora Ivy e decide deixar seus companheiros de viagem para ficar no laboratório. Agora sozinhos, Ash e Misty partem em direção a Kanto, apenas para descobrirem que as Ilhas Laranjas possuem sua própria Liga Pokémon. Animado, o garoto decide permanecer mais um pouco no arquipélago e enfrentar os ginásios para conseguir uma nova chance de batalhar em uma liga, e é assim que eles conhecem Tracey, um observador pokémon que decide se unir a equipe para ter uma chance de conhecer seu maior ídolo: O Professor Carvalho.

Juntos, os três companheiros atravessam as Ilhas em uma nova jornada repleta de desafios e emoções, que testarão seus limites e garantirão aventuras que nunca imaginaram. Mas, para ser um campeão, Ash precisa se readaptar e encarar provas inimagináveis, despertando habilidades que nunca sonhou. Mas, seria ele capaz de vencer os trópicos e se redimir pelo fracasso da Liga Índigo?

Após o sucesso estrondoso da primeira temporada, que alavancou não só a serie de jogos como a franquia Pokémon, tornando-a conhecida em uma escala global, não era de se surpreender que o anime ganhasse uma nova temporada, dando continuidade às aventuras de Ash, Pikachu e seus amigos pelo maravilhoso mundo das criaturinhas. E, embora seja considerada um filler para muitos dos fãs, As Aventuras nas Ilhas Laranja tem muito o que acrescentar à franquia.

Trazendo uma dinâmica inédita e engrandecendo ainda mais a mitologia do universo Pokémon, a segunda temporada serve de ponte entre a primeira e a segunda geração, introduzindo novos costumes, personagens e, por que não, pokémons a franquia. Não é a toa que o novo companheiro de Ash possua um Marill em sua equipe, pokémon esse que só entraria na franquia nos jogos Gold e Silver.

Esses pequenos toques são mostrados desde o inicio da temporada, seja pela misteriosa Bola GS (um artefato que despertou milhares de teorias entre os fãs, enquanto fazia referencia clara à nova geração de jogos) ou pelo destaque demasiado em Togepi, que apenas existiu na primeira temporada. Tudo ali mostra que algo maior estava se aproximando, trazendo uma nova evolução para a franquia e o enredo do anime.

Trazendo uma jornada diferente da que estávamos acostumados até então, e renovando nosso interesse após a amarga derrota do protagonista na Liga Índigo, o anime decide se reinventar e procurar novas oportunidades ao longo dos seus 36 episódios. Sim, ainda teríamos que passar pelos ginásios para conseguir as insígnias mas, ao menos dessa vez, os desafios não focavam apenas nas batalhas em si… mas também em desenvolver outros atributos necessários para se tornar um ótimo treinador.

Ash precisa repensar seus conceitos e se mostrar capaz de lidar com os mais estranhos desafios. Isso o torna mais forte e desperta novos sentidos, que ele nunca precisou usar em Kanto, trazendo assim um desenvolvimento mais completo e uma vitória mais coerente a cada novo passo. Os ginásios, embora em menor número, exigem muito mais de seus desafiantes. Seja pela lógica, pela força ou ate mesmo pela vontade de cada um, cada desafio e um verdadeiro espetáculo que nos deixa ainda mais empolgados com o que virá a seguir.

Ash cria um verdadeiro laço com seus Pokémon, seja pelas despedidas ou pelo trabalho árduo, nos apegamos a cada um deles e sentimos uma verdade latente na amizade aqui formada. Um ótimo exemplo é o arco do Charizard, que foi construído desde a primeira temporada e agora ganha novas camadas. É emocionante acompanhar o desenvolvimento da parceria entre mestre e pokémon, trazendo conceitos interessantes e mostrando o poder do companheirismo.

E por falar nisso, Misty não fica para trás. A personagem ganha ótimos momentos e acrescenta muito à equipe. É ela que observa que talvez Togepi não seja tão fraco quanto aparenta, questionando sempre se não é o mesmo que livra o grupo de inúmeras enrascada. E toda sua jornada com Psyduck é hilária, mesmo quando ela acha que o mesmo evoluiu, liberando todo o amor que ela sempre reprimiu pelo pokémon.

A temporada ainda mantém inúmeras piadas sobre o relacionamento entre Ash e Misty, trazendo a constante alfinetada de que ambos brigam demasiadamente, apenas para esconder a admiração e paixão que sentem um pelo outro e, no meio dessas desavenças, surge Tracey para ocupar o lugar deixado por Brock.

Tracey é observador, detalhista e extremamente talentoso, trazendo uma nova química ao trio, enquanto nos introduz a uma nova profissão do universo. Seu objetivo é estudar as diferentes espécies e observar seus costumes, diferenças e segredos para, assim, entender melhor cada um dos monstrinhos conhecidos e, quem sabe, encontrar alguma espécie nova.

Jessie, James e Meowth retornam mais atrapalhados e divertidos do que nunca. O trio mais carismático da franquia se vê em apuros após destruir um zepelim, do qual ficaram responsáveis, achando assim que estão por um fio de serem expulsos de vez da Equipe Rocket. Determinados a consertarem seu erro, eles procuram a todo custo capturar um pokémon raro, e assim limpar a barra com o chefe.

Essa temporada traz mais camadas aos antagonistas, levantando questões pertinentes e mostrando um lado mais humano do grupo. Em vários momentos, eles demonstram um altruísmo genuíno, de alguém que não espera ser reconhecido por seu feito e mesmo assim coloca o bem do próximo acima de seus interesses, mostrando também uma união adorável de pessoas que se machucam, sorriem e adoram seus amigos verdadeiros.

Divertido, carismático e bastante tropical, Pokémon: As Aventuras nas Ilhas Laranja pode até não seguir a historia dos jogos, mas também é uma aventura memorável e um crescimento latente pra franquia. Seja por seus desafios surpreendentes, ou por afastar o gosto amargo que ficou, a temporada se mostra um refresco ao telespectador, nos fazendo desejar uma viajem nas costas do Lapras enquanto nos prepara para tudo o que está por vir na franquia.

 

https://www.youtube.com/watch?v=LiMUTLKrU-U

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

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