Review | Pokémon [S3 – The Johto Journeys]

Nota
3

“É um mundo novo de aventuras e o perigo é bem maior. É uma nova jornada, com novas emoções mas ainda temos que pegar… pra ser dos mestre o melhor.”

Após retornarem a Pallet, Ash, Misty e Tracey tem uma surpresa ao encontrarem Brock cuidando da casa do garoto. Se recusando a contar por qual motivo ele decidiu abandonar o laboratório de pesquisa da Professora Ivy, Brock decide se reunir mais uma vez à sua antiga equipe. Com seu antigo companheiro de volta, Ash finalmente entrega a misteriosa Pokebola GS ao Professor Carvalho, que não consegue desvendar os seus mistérios e cria mais perguntas que respostas sobre a mesma.

Depois de um desastroso confronto com a Equipe Rocket, Ash e companhia são salvos pelo seu antigo rival, Gary Carvalho, e, convencido que se tornou um treinador melhor após a Liga Laranja, o garoto desafia Gary para um duelo… apenas para ser derrotado por ele. Cabisbaixo, o garoto descobre que Gary esta partindo em uma nova jornada Pokémon rumo a Johto, onde uma nova Liga aguarda àqueles que tiverem coragem de se inscreverem.

Determinado a provar o seu valor, o rapaz decide partir para a nova região, mas não sem antes receber uma nova missão do Professor. Ash precisa levar a Pokébola GS para Kurt, um especialista em pokébolas que mora na nova região. Tracey decide ficar em Pallet, para se tornar assistente do Professor Carvalho, deixando Ash partir com seus antigos amigos rumo ao desconhecido.

Assim que pisa na nova região, o grupo se depara com um pokémon misterioso que define tudo o que lhe aguarda na sua jornada. Ash precisa juntar oito insígnias para poder se mostrar apto de encarar a Liga Pokémon e, assim, se mostrar um treinador melhor que Gary. Com antigos e novos companheiros, o treinador mais imaturo de Pallet inicia uma nova aventura repleta de batalhas, segredos e emoções em um novo mundo repleto de perigos e mistérios que só um treinador pokémon pode reconhecer.

Após uma breve pausa, Pokémon finalmente nos apresentou sua segunda geração trazendo novos monstrinhos, desafios e uma nova jornada para seus fãs. E, como não poderia ficar de fora, o anime decidiu explorar a nova região trazendo novas aventuras para seus protagonistas. Pokémon: A Jornada Johto aproveita o avanço de seus protagonistas e introduz com delicadeza a nova região e tudo o que ela tem para oferecer.

Mas, como nem tudo são flores, a terceira temporada do anime parece querer explorar demais o novo contexto, pouco introduzindo-o ao enredo e estendendo por demais algumas situações sem necessidade. Por exemplo, para o protagonista encontrar o primeiro ginásio são necessários longos 15 episódios, em uma temporada com 41 no total. Se começamos a jornada empolgados, vamos perdendo o ânimo ao decorrer da trama onde nada justificável parece acontecer.

Tal problema se estende a personagens pouco utilizados, ou enredos largados pela metade, onde se construiu uma expectativa enorme para tais assuntos, apenas para eles serem soltos e esquecidos no meio do caminho. Um grande exemplo é a Bola GS, que construiu um dos melhores mistérios da serie apenas para ser esquecida na parte final da temporada frustrando não só o público como também seus personagens.

Outro bom exemplo é o do icônico Jigglypuff, que acompanha o grupo desde a primeira season, fazer parte da abertura da nova temporada e mal dar as caras nela. E se tem como justificativa a introdução do divertido Snubbull para tal sumiço, talvez esqueçam que o mesmo pouco aparece ou tem importância para a historia. Sim, ele é engraçado e prejudica a Equipe Rocket (além de trazer um bom questionamento sobre o quão triste pode ser uma vida luxuosa), mas o pokémon aparece em apenas quatro episódios mostrando todo o potencial desperdiçado.

Embora seus erros sejam gritantes, a nova temporada traz acertos gratificantes. Um deles é o desenvolvimento dos personagens, trazendo o trio original para mostrar o quanto eles cresceram em seu caminho. Ash está mais confiante e determinado, e precisa aprender a não se deixar iludir sobre a vitória na liga. Mesmo dando pequenos deslizes, o treinador se mostra um pouco mais maduro e escuta melhor seus companheiros de viagem, aprendendo com seus erros e acreditando na forte ligação com seus pokémon, tirando o melhor do seu time.

Também é nessa temporada que Ash verdadeiramente batalha por suas insígnias, nos aproximando ainda mais do padrão estabelecido nos jogos. Novamente, o rapaz de Kanto captura os três iniciais da região e desenvolve um forte laço com cada um, principalmente com Chikorita, que demostra um ciúme doentio por seu treinador. Outro grande destaque é o Heracross, que demonstra ser um dos mais fortes pokémon do garoto, além de ser protagonista de algumas cenas hilárias ao lado de Bulbasaur.

A temporada utiliza bem seu espaço para finalizar alguns ciclos e emocionar os espectadores. Como no caso de Charizard, que procura desenvolver seu potencial, e Squirtle, que retorna à sua velha gangue de maneira satisfatória e bem construída. Um grande acerto do anime que consegue nos deixar com o coração na mão e, mesmo assim, feliz por acompanhar a jornada.

Misty e Brock retornam à velha química e trazem momentos saudosos aos amantes da primeira temporada. Tracey era sim engraçadinho, mas não possuía o mesmo carisma e pertencimento a equipe que Brock possui. Por falar nele, o líder da cidade Pewter continua mulherengo e mostra um conhecimento absurdo sobre os hábitos e preferencias dos pokémon, demostrando o quanto evoluiu no pouco tempo que esteve afastado. Misty se mostra um pouco apagada nessa nova temporada, tirando um ou outro episodio que contem novos traços da sua personalidade, a personagem está ali para servir de contraponto ao protagonista, trazendo embates divertidos e um pouco de consciência para o mesmo.

Do lado vilanesco, encontramos a atrapalhada Equipe Rocket que, mais uma vez, nos demonstra um lado mais ameno e sentimental em determinadas situações. Jessie é a que mais demonstra evolução, ao construir melhor seu passado, a mais ranzinza e estourada do grupo abre espaço para uma verdadeira empatia, que parece reinar nos momentos certos. Não tem como não se emocionar no delicado episódio da Blissey ou na despedida do Charizard, onde a equipe se sacrifica para um bem maior. Também é nessa temporada que a equipe sofre sua primeira mudança, quando o Lickitung da vilã é acidentalmente trocado pelo Wobbuffet, que se tornaria uma marca registrada do grupo.

Entre erros e acertos, Pokémon: A Jornada Johto entrega uma temporada arrastada mas divertida. Trazendo novos dilemas, criaturas e ensinamentos que somente o mundo pokémon poderia proporcionar, enquanto nos demonstra que ainda existe muita coisa para ver e que, se tivermos fôlego, poderemos alcançar feitos maravilhosos ao aprender com os erros do passado.

 

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

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