Review | Saint Seiya: Os Cavaleiros do Zodíaco [Season 2]

Nota
2.5

Depois de vencer Ikki e os Cavaleiros Negros, os Cavaleiros de Bronze precisam proteger Saori de um novo perigo: os Cavaleiros de Prata. Seiya e seu grupo precisam cada vez mais se fortalecer para garantir que os Cavaleiros de Prata não matem a Atena por conta do medo generalizado da profecia. A profecia que diz que Atena irá perder a guerra contra Hades Poseidon, uma guerra que aniquilará a humanidade.

Aos poucos a segunda parte de _ parece lutar entre o objetivo de recontar a história original e o desejo de criar alterações para renovar a trama. A profecia aos poucos parece um elemento forte, mas se torna tão mal executado que aos poucos a motivação do Santuário em matar Atena se torna frágil, fazendo com que a icônica cena de Atena reconquistando Arioria de Leão em sua defesa, se torna o momento mais mal executado de toda a temporada. Por outro lado, a atuação de Guraad se torna um dos elementos mais positivos da trama, dando um vilão mais poderoso e explicito para o enredo e deixando de lado toda a vilania que tínhamos em Mestre Ares (que até o momento não sabemos se realmente é o vilão ou não) ao mesmo tempo que (ao menos eu) ainda se vê uma discreta brecha para desenvolver todo o plot da revelação de Ares como um dos vilões da trama.

Adaptando de forma apressada o arco dos cavaleiros de Prata, a segunda temporada da série da Netflix peca ao deixar de lado a melhor parte da temporada e voltar a envolver os Cavaleiros Negros como rivais, perdendo a chance de desenvolver os poderosos Cavaleiros de Prata e nos preparar para os imbatíveis Cavaleiros de Ouro. Temos as icônicas batalhas contra Misty de Lagarto, contra Moses de Baleia, conta Jamiel de Corvo, a cegueira de Shiryu, o sequestro de Atena pelos corvos, tudo acontecendo de uma forma um pouco mais ágil e com pequenas alterações da mitologia. Mas quando o assunto é alteração da mitologia, se preparem para absorver bem algumas mudanças bem evidentes. Agora os Cavaleiros de Prata possuem a capacidade de disparar bolas de energia e criar ilusões, o que aumenta a emoção das batalhas, e podemos ver ainda Marin utilizar uma nova técnica: Meteoros, uma versão potencializada do Meteoro de Pégaso.

Aos poucos vamos nos acostumando com a nova versão do anime clássico que marcou a infância de tantos, nos apegando às claras referencias e aos poucos engolindo algumas das releituras, mas fica claro que os produtores tem um árduo trabalho pela frente para garantir a fidelidade dos fãs mais maleáveis, e a principal falha do anime que deve ser justificada é o motivo de ser Shun ser a unica amazona que não usa mascara, uma falha que fere gravemente a mitologia da série e não teve em nenhum momento o cuidado de ser observado e justificado, apesar de ficar claro nessa temporada que é uma questão que está chamando a atenção dos produtores, já que agora eles passaram a deixar Shaina sem a mascara para tentar, de uma forma porca, nos fazer aceitar que nessa nova versão a mascara não é uma necessidade.

No fim fica aquela sensação de que poderia ter tido mais, que poderíamos ter uma experiencia melhor ou que poderíamos ter uma trama mais logica e uma mitologia melhor planejada, mas ainda assim fica claro que os produtores querem atualizar a trama e estão lutando para criar uma mitologia que funcione melhor nos tempos atuais, empoderando uma personagem feminina, dando mais atitude a Atena e criando um vilão melhor construído e mais maléfico.

 

https://www.youtube.com/watch?v=raujEVxf63g

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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