Review | Scream Queens [Season 1]

Nota
3

Em mais uma parceria de Ryan Murphy e Brad Falchuk com a FOX, que já foi responsável por American Horror Story, uma das séries antológicas de terror mais bem sucedidas da emissora, chega Scream Queens, uma produção que visa uma premissa pop teen e traz um elenco de rostos jovens e conhecidos pelo mundo da música, assim como fez em Glee, um dos seus trabalhos anteriores. Por outro lado, Murphy resolveu arriscar em um humor negro, levando como a principal inspiração o tema Slasher dos anos 80, com uma produção mesclando a comedia com leves toques de terror, quase não perceptíveis, sobre os crimes ocorridos em torno de uma conhecida universidade dirigida pela reitora Cathy Munsch (Jamie Lee Curtis).

Iniciando a história de uma forma satírica, bem no estilo do filme “Pânico”, a primeira vitima é conhecida durante na festa, na forma da gestante que entra em trabalho de parto, dando o pontapé inicial para o assassino misterioso. Dessa forma, a trama vai se desenrolando durante o decorrer dos inúmeros conflitos pessoais e familiares que os jovens enfrentavam, que são mais aprofundados nos meados da temporada, ao mesmo tempo que a onda de assassinato começa a rondar as integrantes da Kappa Kappa Tau, uma famosa irmandade liderada por Chanel Oberlin (Emma Roberts), que é seguida por suas minions: Chanel n°2 (Ariana Grande), Chanel n°3 (Billie Lourd) e Chanel n°5 (Abigail Breslin) nos dando a chance de conhecer a fundo a personalidade da primeira e única herdeira da afortunada família Oberlin, carregada de uma quantidade inumerável de estereótipos dentre as sua característica.

Logo no piloto conhecemos o antagonista principal, vestindo um traje de um demônio vermelho surge o Red Devil, que nos proporciona cenas geniais como a morte de Chanel nº 2, onde vemos Ariana Grande implorando por sua vida e agonizando, na cena seguinte, enquanto tweeta um pedido de socorro antes de morrer. A série traz um roteiro recheado de referências, algumas sendo bem perceptíveis (como a referência a Psicose) até as mais enigmáticas, que são soltas no ar durante conversas sobre aplicativo de relacionamento ou sobre a Black Friday.

Explorando de forma propositalmente exagerada, por se tratar de um humor negro, Scream Queens traz diversas abordagens em forma de sátira ao consumismo, à competitividade e à superficialidade humana, se baseando no lado vaidoso das protagonistas e em sua necessidade de ser o centro das atenções. Perceptivelmente, são situações que vemos em nosso cotidiano, seja de forma presencial, por meio de relatos ou ao assistir alguma série, tornando a série um ‘mais do mesmo’ que pode justificar a queda de audiência no decorrer da primeira temporada. O show acabou tendo um futuro incerto, sendo deixada na espera da decisão da FOX para ter ou não uma segunda temporada, mesmo já havendo planos definidos pelos showrunners para uma continuação.

 

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