Review | The A List [Season 1]

Nota
3

Um acampamento de verão na Ilha Peregrino, é o momento ideal de a Mia se tornar a rainha do acampamento,  comandar as festas, escolher sua melhor amiga de verão e seu namorado de verão, e tudo seria perfeito para a garota de algo não tivesse acontecido, ou melhor, se a Amber não tivesse acontecido. A garota chega para acabar com a vida de Mia, uma garota esquisita, com o estranho poder de conquistar todos do acampamento e enlouquecer a vida da Mia, tudo com toques bem sobrenaturais, como pular de um penhasco, deixa-la desesperada e logo depois reaparecer como se nada tivesse acontecido, fazendo Mia parecer louca.

A produção criada por Dan Berlinka e Nina Metivier chega para desconstruir os padrões da sociedade adolescente, e se a mocinha fosse a popular, rica e esnobe? E se a vilã clichê fosse a vítima de uma vilã muito mais poderosa? Exploramos mais a fundo os traumas de Mia, vemos uma camada escondida dentro da típica antagonista dos filmes adolescentes, e vemos que toda a sua vilania e dissimulação são sua maior arma na luta contra Amber, uma criatura sobrenatural capaz de enfeitiçar cada um ao seu redor, todos exceto Mia e Alex. A cada episodio temos uma aprofundamento nos mistérios da ilha, cheia de segredos, e tentamos entender melhor quem é realmente Amber, a garota que passa a noite encarando a lua ao invés de dormir, e tentamos entender o que significa aquela foto que mostra vários dos atuais campistas já estiveram na ilha no passado.

Aos poucos The A List vai mostrando que realmente é uma verdadeira série de suspense, ela nos envolve ao mostrar a bendita foto de um verão anterior, ela nos prende ao incluir personagens cada vez mais misteriosos, e ela nos instiga ao nos levar a refletir qual a ligação de certos personagens com toda a trama, quem além de Amber tem essa ligação macabra com a ilha? Será que os monitores sabem o que pode acontecer? Será que algum dos campistas sabe que já esteve lá antes? O que é aquela instalação no meio da mata? Por que tem um dente numa arvore? O que fez a rachadura na terra? O que a luz verde que Alex viu num das primeiras noites? Muitas perguntas que levam a trama adiante e envolve cada um dos telespectadores de uma forma instigante.

O mistério sobre o passado de Dev e Mia, a história de Luka, as descobertas de Alex, os poderes de Amber e seus efeitos sob as pessoas, sobre o que Dave está tentando esconder, a realidade sobre a situação da ilha e do acampamento, sobre a garota que chora no meio da floresta, o significado daquele simbolo azul na pedra, há tantas subtramas nessa série que é praticamente impossível conseguir enxergar o plot principal, que segue arrastado, dando tanto espaço que vemos as subtramas crescerem e evoluírem mais do que ele, o que acaba levando cada uma das subtramas a se enlaçar no final,  para dar a força que o plot principal precisa para existir quando chegamos perto da season finale, mas é só isso. Um conjunto tão forte de trama, atmosfera, fotografia e trilha que é estragado por um elenco sem manejo, que pesa em cima do equilíbrio que deveria existir nas personagens de Lisa AmbalavanarEllie Duckles, que se tornam antagonistas perfeitas mas não possuem uma trama relevante e muito menos um suporte para crescerem. No final, o show surge como uma mancha na BBC, que promete tanto a desenvolver e no final não entrega nada, mudando até o caminho ‘sobrenatural’ que existia na sua premissa.

“Na ilha peregrino, só tem espaço para uma rainha”

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *