Review | The Dragon Prince [Season 3]

Nota
4.5

“Ezran, a coroa é um fardo pesado de se carregar.”

Após a partida de Ezran (Sasha Rojen), Callum (Jack DeSena) e Rayla (Paula Burrows) finalmente chegam a última etapa de sua jornada: a fronteira de Xadia. Determinado a entregar o pequeno Zym à sua mãe, e assim por um fim à guerra entre os humanos e o reino mágico, a dupla se infiltra na terra natal da elfa, apenas para ver em que tudo o que ela um dia conheceu foi virado de pernas pro ar.

Enquanto isso, o príncipe Ezran retorna a seu reino para assumir o trono deixado por seu pai, sem o apoio e conforto de seu irmão mais velho. Mesmo tão jovem, o rapaz precisa encarar decisões difíceis que podem colocar a tênue paz que seu pai construiu em ruínas. Enquanto lida com o peso da coroa, Ezran precisa encarar seu coração e tomar a decisão correta… antes que seja tarde demais.

Após duas temporadas de construção, somos finalmente apresentados ao maravilhoso reino de Xadia, terra da magia e da soberana Rainha Dragão, que tanto ouvimos falar. Repleta de encantos e com uma história rica e profunda, O Príncipe Dragão chega a sua terceira temporada e mostra a que veio logo em sua primeira cena.

O embate entre humanos e as criaturas mágicas sempre foi um forte componente na trama mas, dessa vez, ela é levada ao seu extremo. Enquanto os humanos visam seus adversários como criaturas perigosas e cheias de si, os seres mágicos encaram o magia humana como uma maneira de usurpar e destruir tudo aquilo que é vivo trazendo o constante questionamento sobre os humanos não estarem satisfeitos com aquilo que conseguem.

É nesse momento que compreendemos melhor a mitologia criada por Aaron Ehasz e Justin Richmond, expandindo com maestria tudo que nos foi contado e redefinindo certos pontos de vista. É aqui que observamos as consequências de certos atos e o quanto isso interfere no resolução final que está para aparecer.

Até a divisão do elenco principal é pensada propositalmente, para que ambos os grupos possam crescer individualmente e aprofundar seus relacionamentos. Sentir a importância que um irmão tem para o outro e apreciar as dificuldades enfrentadas pela separação é doloroso mas necessário, sentimos falta do entrosamento dos dois mas saímos gratos com seu desenvolvimento particular, coisa que não aconteceria se estivessem juntos por toda a jornada.

Callum não consegue lidar com seus sentimentos e tenta se tornar melhor a cada momento. Em vários momentos da trama ele mostra suas falhas, tentando aprender com elas e se tornar mais proativo na jornada. Rayla é uma das que mais se desenvolve. A Elfa da lua vê seu pior pesadelo se tornando real, algo que quebra a grossa casca na qual ela esconde seus pensamentos. Vivendo como pária de seu próprio povo, a moça teme estar seguindo os mesmos passos dos pais e indaga se, em algum momento futuro, ela será capaz de limpar seu nome… ou apenas ira falhar como eles.

Ezran aprecia as vantagens que um rei possui. O garoto se diverte com as pequenas mudanças mas sente o peso de lidar com questões que nunca imaginou antes. Liderar um povo nunca é fácil, ainda mais quando um cenário tão caótico se pinta a frente de seus olhos. O seu caminho é cheio de atos simbólicos, como o de colocar a coroa sobre sua cabeça após rejeita-la e colocá-la de lado, além de mostrar seu enorme caráter e bondade a ponto de sacrificar tudo que lhe é precioso por algo em que acredita ser certo.

Os personagens secundários também são exemplos maravilhosos. Cada segundo em que ganham destaque se mostra preciso e engrandecedor, a ponto de desejarmos acompanhar ainda mais suas jornadas. Mas, o casal de irmãos, Soren (Jesse Inocalla) e Claudia (Racquel Belmonte), verdadeiramente brilham em suas jornadas. Soren ganha novas camadas, deixando de ser apenas o palerma que costumávamos conhecer para encarar com franqueza seus erros e dilemas pessoais durante a nova narrativa. Repleto de remorsos e desprezado por seu pai, o cavaleiro começa a questionar seus passos e o quão cego ele foi durante todo esse tempo. Já Claudia se recusa a crê que seu progenitor pudesse ir tá o longe a ponto de mandar assassinar os príncipes que conhecem e servem a tantos anos, se emaranhado ainda mais nas teias controladoras do vilão.

Viren (Jason Simpson) espera calmamente o momento de virar o jogo. Ainda acreditando que seus atos são justos, o antagonista parece ainda mais uma marionete nessa derradeira parte, se deixando influenciar por um verdadeiro mal que usa e abusa de seus poderes o direcionando aonde bem entender. Sua jornada de fantoche o leva a lugares que nunca planejou seguindo um plano maior do que o esperado, que pode fugir completamente do seu controle.

Com batalhas épicas, cenários magníficos e uma animação mais fluida, a terceira temporada de O Príncipe Dragão marca o fim de um ciclo e o início de um novo, trazendo ótimos ganchos e nos deixando ainda mais curiosos para o que esta vindo a seguir. Seja ele sobre os poderosos céus de Xadia ou se arrastando pelo gramado como um verme, tudo aqui nos fascina de maneira incontestável.

“Eu não consigo acreditar. Elfos e humanos estão aqui? E eles… trouxeram o meu bebê de volta. Meu amor e minha esperança.”

 

https://www.youtube.com/watch?v=l18ECrl8Qbk

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *