Review | The Magicians [Season 2]

Nota
4.5

“Eu o nomeio o Grande Rei Eliot, O Espetacular! […]
Pelo poder investido a mim […] eu a coroo a Grande Rainha Margo, A Destruidora! […]
Eu coroo você Rainha Alice, A Sábia! […]
Eu coroo você Rei Quentin, O Socialmente Desajustado Moderadamente!”

Depois da descoberta que Jane Chatwin está morta e Martin Chatwin é a Besta, tudo na vida do grupo de magos muda de figura, agora temos Eliot casado em Fillory e prestes a assumir o trono como Rei do local, temos Julia ligada a Martin, na busca por se vingar de Reynard Fox, o deus que a estuprou e matou seus amigos, e sobra para Quentin Penny (sem mãos), Alice e Margo encontrar uma forma de deter a Besta assim que encontra-lo.

A segunda temporada a série que vem sendo chamada de ‘Harry Potter Adulto’ parece pender muito mais para o lado narniano da coisa dessa vez, temos nosso grupo de magos buscando derrotar uma mal e salvar uma terra encada, ou melhor, não um grupo de magos e sim 2 reis e 2 rainhas (os filhos da Terra).

A temporada estreou no Syfy em 25 de janeiro de 2017  com”Knight of Crowns” e seguiu até 19 de Abril, quando completou sua segunda temporada de 13 episódios exibindo “We Have Brought You Little Cakes” uma semana após anunciar a renovação para uma terceira temporada. E assim como a primeira temporada envolveu a busca pela identidade da Besta e o fortalecimento e evolução que levou os protagonistas a Fillory, temos uma segunda temporada focada nas divindades.

Esta temporada se desenvolve principalmente ao redor de 5 deuses: O primeiro deles é Martin, que surge na primeira temporada e é destruído no inicio da segunda temporada; o Segundo é Reynard, o deus maléfico que estuprou Julia e agora virou o foco dela e Kade, com ajuda de Penny e Quentin, que desejam mata-lo usando tudo que puderem; o terceiro é Ember, um dos deus criadores de Fillory e que agora está desaparecido e danificou a nascente (ao fazer coco nela) causando danos ao planeta e à magia em todo o universo; Por fim temos o quarto e o quinto que são dois deuses com grande importância para o final da temporada.

Com o passar dos episódios vamos vendo cada vez mais que a magia vem do sofrimento e não do talento, principalmente após “Divine Elimination” (2×03), onde somos bombardeados com as mortes de Marina Andrieski e Alice, duas das melhores personagens da série. E é com o fim da Besta que nos vemos num barco sem rumo, onde estamos navegando em tramas mas sem saber o destino que a série vai ter, navegando cada vez mais e sendo surpreendidos com as subtramas e com  a trama que vai sendo tecida pouco a pouco até chegar em “Lesser Evils” (2×09), que é quando vemos mais claramente para onde estamos indo.

E claro que, quando o quesito é melhores episódios, não podemos deixar de citar “Plan B” (2×07), onde é impossível não se render a um dos melhores assaltos a banco da historia das séries, com direito a uma trilha que inclui “Make It Bun Dem”, de Skrillex & Damian “Jr. Gong” Marley, e “I Am the Best”, do grupo feminino 2NE1. Também temos “Lesser Evils” (2×09), que usa a cena da batalha entre monarcas para transformar num verdadeiro musical, e dá um show com a recriação de “One Day More”, do musical Os Miseráveis, uma musica que fala sobre a preparação para a revolução francesa e acaba sendo usada para a preparação da batalhe de Elliot contra o rei de Lori.

Quando paramos para pensar nas atuações, temos muitos destaques a dar. Jason Ralph vive um Quentin muito mais deslocado, ele vive no sofrimento pela morte de seu amor, vive na busca por achar uma motivação e acaba não se encaixando muito bem em nenhuma das missões iniciais por conta da sua eterna busca. Já Stella Maeve retorna com uma Julia muito mais fortes, as marcas de sua interação com Renard a deixam muito mais traiçoeira, mas pouco a pouco vamos vendo suas razões e percebendo o quanto ela é poderosa e ao mesmo tempo injustiçado, é como se a Hermione tivesse sido expulsa de Hogwarts. Olivia Taylor Dudley traz uma Alice de poucas cenas, mas que são duras e sofridas, vemos a morte da garota e sua transformação em Niffin, vemos tudo que ela passa até finalmente ser livre e tudo que acontece com ela até a alarmante cena da Season Finale.

Hale Appleman vai pouco a pouco se tornando o Grande Rei Eliot e, junto com a Margo de Summer Bishil, vamos vendo uma evolução da nossa dupla de farreiros despreocupados em grandes governantes dispostos a se sacrificarem pelo bem de Fillory, capazes até de perder a alegria em certos pontos e protagonizar cenas de puro drama. Arjun Gupta vive um Penny desesperado, ele perde a mão, logo depois recoloca a mão no lugar e tem ela amaldiçoada, e basicamente passa a ser um ajudante que consegue viajar entre mundos mas perdeu a capacidade de lançar magias, nessa busca incensante por voltar ao seu normal. Jade Tailor volta como a traumatizada Kady, que depois de fugir de Renard se entrega às drogas e acaba se aliando a Julia para ajuda-la e para pagar a divida que tem, já que a maga salvou sua vida.

Sem dúvidas a série se renovou bem demais, depois de uma grande queda nas expectativas que tivemos na primeira temporadaJohn McNamaraSera Gamble retornam com uma temporada que se renova completamente, reativando os ânimos e reconquistando a confiança dos expectadores. Com uma trama que leva até um caminho extremamente perigoso, a série segue com uma carga gigantesca, luta contra os deuses, anuncia uma catástrofe e logo depois lança uma luz que nos deixa ansiosos pela próxima temporada.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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