Review | The Marvelous Mrs. Maisel [Season 2]

Nota
4.5

Depois do sucesso da primeira temporada, Mrs. Maisel está de volta! Estamos na década de 50, ano em que o machismo predomina e há um padrão a seguir para ser aceito pela sociedade. É nessa atmosfera que vive a Miriam “Midge” Maisel (Rachel Brosnahan), uma dona de casa, mãe e esposa de um homem que deseja ser um humorista (e é péssimo fazendo isso). Sua vida muda completamente quando ela é abandonada pelo marido e precisa seguir um padrão de vida diferente do esperado. Sozinha e bêbada, ela descobre que pode ser uma comediante de stand-up, e usará isso para falar em público verdades que nunca são ditas, aproveitando sua nova realidade para mostrar a todos ao seu redor que pode ser uma mulher independente e seguir o seu próprio padrão.

Neste segundo ano da série, vemos a Midge lidar com a sua vida dupla; afinal, para a época, não é normal uma mulher se tornar humorista. E essa característica de sair do padrão de comportamento imposto pela sociedade já é uma característica marcante nas personagens criadas por Amy-Sherman Paladino, a Lorelai e a Rory estão aí para provar isso. Sem dúvidas, esse crescimento profissional da personagem garante um bom desenvolvimento para a série, e a curiosidade do espectador em futuro promissor da Mrs. Maisel é outro ponto bastante positivo. Inclusive, essa alavancada na vida profissional da personagem é o grande plot da 3ª temporada.

Além de um maior desenvolvimento para a protagonista, os personagens coadjuvantes ganham mais destaque nesta segunda temporada. Em especial, temos a falta de atenção de Rose (Marin Hinkle), que vai para Paris em busca de uma vida mais voltada para si, e os conflitos familiares e profissionais de Abe (Tony Shalhoub), ambos com um bom tempo de tela. E a cereja do bolo é a inserção do Zachari Levy, que interpreta o Benjamin, um médico que se sente atraído pela Midge e aceita a sua vida “dupla”. Juntos, os dois têm uma química tão forte que é impossível não aproveitar os bons diálogos e ficar feliz por, finalmente, a Mrs. Maisel ter superado o Joel – pelo menos é nisso que acreditamos. O destaque que os outros personagens ganham é basicamente para não tornar a história principal enfadonha ou muito repetitiva, como acontece em inúmeras séries. Neste caso, Paladino não só conseguiu manter o ritmo da história da Midge, mas ainda inseriu bons arcos narrativos, apresentando-nos personagens mais reais.

Mas nem tudo é perfeito… Apesar dos bons diálogos, da dinâmica em cena e da rapidez na execução de diversas cenas e diálogos —aspectos bem comuns para quem acompanha as séries da Paladino —, há quem não goste do desfecho deste segundo ano. Assim como em Gilmore Girls, Marvelous Mrs. Maisel também tem uma protagonista que não supera relacionamentos antigos e comete auto sabotagem emocional. A série só nos deixa na expectativa de acompanhar uma terceira temporada e esperar que tudo isso se resolva. Estamos com você, Midge! Ajuda a gente, Sherman Paladino!

 

Universitário, revisor. E fotógrafo nas horas vagas.

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