Nota
“Dezesseis horas… O que nós fizemos?”
Cinco anos se passaram desde o grande ataque da Luz, e a Equipe teve uma grande evolução, sendo agora liderados por Asa Noturna (nova identidade de Dick Grayson), com o apoio de Miss Marte e Superboy, e tendo o reforço de Bumblebee, Mutano, Besouro Azul, Robin (manto assumido por Tim Drake), Lagoon Boy, Mal Duncan, entre outros jovens heróis. A nova fase da Justiça Jovem dá um grande salto no tempo e parece nos levar a confrontar uma nova função para o grupo, agora o quartel se tornou praticamente um centro de treinamento de jovens heróis que saem em missões especiais supervisionadas. Cinco anos depois, chegou o momento de descobrir o que aconteceu durante as dezesseis horas que os seis membros da liga passaram desaparecidos.
Aos poucos vamos vendo que o segundo ano da série deseja se aproximar mais da verdadeira formação do grupo criado por Todd Dezago e Todd Nauck, que atualmente é conhecido como Jovens Titãs, trazendo alguns dos personagens que realmente fazem parte das formações das HQs para dentro do contexto da série. Temos agora Zatanna e Foguete como parte da Liga da Justiça, além do recrutamento de reforços como Moça-Maravilha, Batgirl e Impulso na equipe jovem, mas será que a nova formação vai ser capaz de enfrentar uma gigantesca invasão à terra que vem sendo preparada a anos e finalmente foi iniciada?
Com a trama se expandindo para Rann, um novo planeta onde a equipe se junta a Sadarth e Alanna, somos apresentados à tecnologia de viagem interplanetária através de raio-beta, uma pesquisa feita em segredo, por conta do extremo comportamento xenofóbico dos habitantes de Ranagar, e que acabou sendo roubada pelos Kroloteanos e usada para se infiltrar na Terra. Ao mesmo tempo a série se expande com suas mudanças táticas, tornando os hérois mais poderosos e dinamicos, aposentando o Kid Flash e a Ártemis, e nos levando a ver um impacto no intimo de cada personagem, como Megan que agora está se relacionando com o Lagoon Boy, o que causa uma certa tensão entre ela e Conner.
Toda a produção fica ainda melhor se considerarmos a intensidade como a ‘Invasão’ citada no subtitulo fica subliminar no inicio, nos levando a acreditar ser uma coisa e se desenvolvendo sorrateiramente até nos revelar quem realmente está invadindo a terra e tornando o grande aliado da Luz como uma poderosa ameaça ao nosso planeta. Ao mesmo tempo, a produção dança as referencias ao universo da DC Comics ao colocar participações de personalidades como Mongul, Super Choque, Tigresa, El Dorado, Arsenal, Chefe Apache, Raio Negro, entre tantos outros, mostrando que a produção está pronta para potencializar ao máximo sua mitologia e ir fundo no acervo de personagens que a DC dispõe, conseguindo até dar uma nova roupagem à Expansão, grupo de vilões da DC Comics que ganham novas camadas na série e novos membros notáveis, indo além do Besouro Azul e nos apresentando os Besouros Verde e Negro.
Por fim, a série criada por Greg Weisman e Brandon Vietti, e que teve seu segundo ano lançado no bloco DC Nation, no Cartoon Network, em 28 de abril de 2012, consegue se aproximar mais a fundo de suas origens, mostrando que mesmo sendo um material original ela sabe beber, e muito, das inspirações que possuem. A série se engrandece e se expande de uma forma que sua primeira temporada não foi capaz de fazer, e ainda nos deixa envolvidos com os mistérios que nos apresenta, mostrando que tudo era parte de um grande plano mesmo quando nos deixa perdido sem saber o que os produtores tinham em mente. Uma grande pena é o fato de o show ter sido cancelado como parte de uma leva de cancelamentos das produções da DC Nation em 2013.
Icaro Augusto
Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.