Resenha | A Morte em Veneza

Nota
4.5

Morte em Veneza pode parecer um livro pequeno. Mas não é o que se sente quando terminado o livro. A leitura é densa e difícil e a escrita truncada. As divagações, filosóficas ou não, são recorrentes e causam confusões.

O protagonista, Gustav Von Aschenbach, é um literato alemão que não vê utilidade para o lazer, diversão e relaxamento. Gosta sempre de estar ativo em algum trabalho literário, pelo qual já ganhou fama e títulos de nobreza. E chega a dizer que a arte da escrita é das que mais se demanda esforço do ser humano. Contudo, em certo momento de sua vida, quando já está com cinquenta anos, Aschenbach resolve que para prosseguir com seu trabalho, ele precisa primeiramente descansar, mudar de ares, indo contra o que acreditava. De forma que o personagem acaba escolhendo como destino, Veneza.

Chegando ao destino, o autor se demonstra inquieto sem seus papeis e tinta e procura logo uma distração. Vai até a praia e lá se depara com a encarnação da beleza: um jovem menino polonês. Gustav se vê então conduzido pela ‘coleira da enlevação’ que aquela visão lhe proporciona. Toda energia que ele utilizava na literatura, ele agora canaliza na busca de se saciar do belo, cuja fonte deste é o rapaz. E assim voam 70 páginas do livro: o autor usando das mais diversas formas de se agraciar uma pessoa.

Entre uma grande contenda entre o belo e o feio, o certo e o errado, o velho e o novo, o livro é passado e apesar de ter morte em seu título, o livro trata de uma das forças que mantém mecanismo da vida funcionando.


HOST LENDO O MUNDO
Alemanha
Ficha Técnica
 

Livro Único

Nome: Morte em Veneza

Autor: Thomas Mann

Editora: Nova Fronteira

Skoob

Nasci em 2001, pernambucana de muitos sonhos e amores que faz dos livros o portal para o conto de fadas que deseja viver.

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