Crítica | O Rei Leão (The Lion King) [1994]

Nota
5

A savana africana celebra o nascimento do seu futuro rei, Simba, um jovem mimado e imaturo que deseja ser rei para mudar todas as regras que o oprimem, mas se vê envolvido nas artimanhas do seu tio Scar, o invejoso e maquiavélico irmão do rei Mufasa, que usa o seu ingênuo sobrinho para gerar um golpe de estado e assim assumir o trono.

Atordoado pela morte de seu pai e tomado pela culpa, Simba se vê forçado a ir ao exílio para esquecer o seu passado. O Rei Leão, de 1994, o 32° longa metragem produzido pela Walt Disney Animation Studios e distribuído pela Walt Disney Pictures, faz uma releitura da famosa peça teatral Hamlet, de William Shakespeare.

O trabalho de construção dos personagens é bem profundo, Simba passa de um garoto mimado a um jovem adulto que precisa aprender com os erros do seu passado para gerar um futuro próspero para seu povo e se tornar o rei que ele sempre deveria ter sido. Nala, a personagem que tirou Simba do mundo utópico que estava vivendo e o trouxe de volta a realidade de seu povo, gerado por consequência dos atos dele. A voz da razão fica por conta de Rafiki, o excêntrico babuíno que carrega importantes ensinamentos nas suas “esquisitices”, tomando assim o papel do velho sábio na jornada do herói.

Scar é um vilão cruel e calculista, disposto a usar toda sua lábia e encanto para conquistar seus objetivos. Passando por cima de tudo e todos, e usando seu papel de desgarrado para fazer alianças improváveis que façam seu trabalho sujo. O alívio cômico se dá por meio de Timão e Pumba, um par de rejeitados que acolhem Simba e o ensina a arte do Hakuna Matata, viver sem problemas, se mostrando fortes e valorosos quando seu amigo precisa de ajuda.

Para um longa produzido pelo time B da Disney, não deixa a desejar em qualidade de animação. A riqueza nos detalhes é surpreendente, de desertos áridos a florestas repletas de cores, eles nos preenchem com o amplo sentido do ciclo da vida, mostrando toda a sua magnitude. A trilha sonora não fica atrás, da magnífica Ciclo sem Fim (Circle of Life) a
encantadora Nesta Noite o Amor Chegou (Can You Feel the Love Tonight), passando pela divertida Hakuna Matata (que mostra o crescimento de Simba) e pela poderosa Se Prepare (Be Prepared) o longa nos preenche com canções memoráveis que nos envolvem e se casam bem com a narrativa.

Trazendo para a animação os traços característicos das savanas africanas, O Rei Leão pode ser considerado um dos filmes mais icônicos da Disney, um clássico atemporal que atravessou gerações e se tornou um marco na história do cinema.

 

Graduado em Biológicas, antenado no mundo geek, talvez um pouco louco mas somos todos aqui!

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