Review | Game of Thrones [Season 1]

Nota
5

Game of Thrones é inspirado na aclamada série de livros As Crônicas de Gelo e Fogo ou The Song of Ice and Fire, escrita por George R. R. Martin. A série carrega o nome do primeiro livro da série, gira em torno do Trono de Ferro do reino de Westeros e conta com uma trama de intrigas e conflitos em busca daquele que irá se sentar no trono e comandar todo os 7 reinos, ou conseguir a liberdade de sua influência.

A primeira temporada de Game of Thrones estreou em 2011, tendo sido anunciada pela HBO em 2008, e gerou certa apreensão dos fãs da série de livros, já que por mais que o canal seja conhecido por seus projetos ambiciosos, a temporada precisaria de todo um cuidado técnico e financeiro, coisa que realmente foi dado.

A série já começa com nos apresentado uma das famílias seculares, a Casa Stark, de Winterfell, Guardiões do Norte, e comandados por Eddard Stark (Sean Bean), que logo é convocado por seu melhor amigo e rei de Westeros, o Roberth Baratheon (Mark Addy), para ir até a capital real de King’s Landing ser a Mão do Rei, movendo a primeira peça do Jogo dos Tronos. Em outro ponto do mundo de GOT, nas terras selvagens de Essos, temos Daenerys Targaryen (Emília Clarke) que se vê enclausurada no jogo doentio do seu irmão Viserys (Harry Lloyd), que planeja reconquistar o trono através de um casamento arranjado entre sua irmã e Khal Drogo (Jason Momoa), para conseguir, enfim, seu sonhado exército. A jovem princesa passa por um arco de submissão até provar um pouco de poder e entender que seu papel pode ser ainda maior do que o seu cruel irmão um dia sonhou.

Os personagens “principais” de GOT são construídos de forma que façam você se apegar a eles nos primeiros momentos de suas aparições, principalmente Tyrion Lannister (Peter Dinklage), o querido anão da série, e Arya Stark (Maisie Williams), ou criar uma antipatia generalizada logo de cara, representado aqui com Joffrey Baratheon (Jack Gleeson) e Sansa Stark (Sophie Turner). A experiência  com a produção, sendo um universo construído com uma história e mitologia próprias, grandes histórias sobre a construção dos Sete Reinos e lendas que permeiam as mentes de todos, como a dos White Walkers, podem nãos ser histórias tão fictícias assim.

Com uma construção de ambientação tão meticulosa, com o apoio de uma paletas de cores e muito CGI, é possível que o telespectador sinta toda as sensações que cercam os cenários, que são apresentados na produção. A série vai de cores mais frias, como, por exemplo, o cinza-azulado, que nos faz sentir todo o frio do Norte,  ao alaranjado de Essos, levando-nos a um calor insuportavelmente desconfortável. Game of Thrones é construído como um grande jogo de tabuleiro, onde cada personagem cumpre seu papel, porém acaba por nos mostrar que peças, por mais importantes que pareçam, no final são apenas descartáveis e podem ser eliminadas, dependendo do propósito de quem assume o controle da partida.

 

Pernambucano, jogador de RPG, pesquisador nas áreas de gênero, diversidade e bioética, comentarista no X, fã incontestável de Junji Ito e Naoki Urasawa. Ah, também sou advogado e me arrisco como crítico nas horas vagas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *