Crítica | Gantz

Nota
4

Kei Kurono estava na estação de metrô quando viu um homem cair nos trilhos, desmaiado, logo depois ele viu Masaru Kato, um amigo de sua infância que ele não vê a anos, pular nos trilhos e pedir sua ajuda para salvar o homem, uma triste escolha da dupla, que salvam o homem e acabam atropelados pelo metrô, mas o que eles não esperavam era ganhar uma nova chance de sobreviver.

Kato e Kurono acordam em uma sala com uma esfera negra no meio, Gantz, um ser que escolhe pessoas mortas para dar uma nova chance, uma chance onde eles se tornam caçadores de alienígenas em troca da ressurreição, no jogo de Gantz, cada vez que você mata, ganha pontos, e quando alcança 100 pontos pode ganhar a liberdade ou ressuscitar um amigo morto em missão.

Depois do sucesso do anime de 2004, uma continuação era essencial, mas o que não esperávamos era que a nova adaptação fosse em live-action e, ainda por cima, um remake. O filme de Gantz parece servir para recontar a história do anime, trazendo de volta toda a trama dos 90 primeiros mangás em uma versão resumida, mais intensa e com mais ação do que historia de fundo, adaptando os três primeiros arcos do mangá e cortando completamente o arco filler do Alien Kei Kurono, criado exclusivamente para a segunda temporada do anime e que não adicionou em nada na trama.

Claro que o filme altera, e muito, a trama que vimos nos mangás e no anime, mas este consegue resumir bem a trama e dar uma remake completo nas duas temporadas do anime, garantindo o interesse de quem nunca assistiu e conquistando até os que já assistiram. Ver o Alien Cebolinha e seu pai surgirem em carne e osso nas telas é mágico, ver o Alien Suzuki se materializar exatamente como imaginamos em sua forma robótica é surpreendente, e mesmo sem vermos as batalhas com os pássaros, ainda conseguir captar as mesmas emoções das tramas originais, adaptadas na primeira temporada do anime, e de forma resumida e direta. A melhor parte fica por conta da nova versão dos Aliens do Templo Budista, que originalmente são muitos, e no filme fica resumido a pouco menos de meia dúzia deles, mas com as mesmas habilidades e dificuldades que vimos antes. O longa ainda possui uma finalização perfeita, muito melhor que a finale da segunda temporada do anime, e ainda assim revela um potencial gigantesco.

O longa de 2010 traz a direção de Shinsuke Sato, que consegue extrair do roteiro as melhores cenas que a saga poderia ter, surpreendendo bastante e cativando. Cativar é ainda a palavra perfeita para as atuações de Kazunari NinomiyaKenichi Matsuyama, Kurono e Kato respectivamente, a dupla consegue roubar a cena e nos envolver com sua honrada luta, nos fazendo torcer por cada um deles e sofrer a cada golpe recebido, por outro lado é estranho o roteiro optar por ignorar outros personagens importantes da trama, mas que conseguimos ver que estavam ali, como é o caso de Joichiro NishiKei Kishimoto, que podem ser identificados pelos fãs da saga, mas parecem não adicionar em nada na trama do filme, chegando ao ponto de quase não ser apresentados, outro que surge no longa e não é apresentado é Yoshikazu Suzuki, que nos surpreender ao surgir na equipe cedo, surgindo antes do momento onde isso acontece nos mangás, o que deixa certas dúvidas sobre o verdadeiro objetivo da produção.

Mas uma coisa é certa, o longa em live-action não só fez a primeira temporada do anime ser refeita de uma forma muito mais interessante, como deu uma temperada na primeira parte da segunda temporada e ainda eliminou a missão mais desnecessária da historia da saga. Uma boa opção para assistir numa tarde com os amigos.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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